domingo, 3 de fevereiro de 2013

EX-VEREADOR CONTINUA DESAPARECIDO


Na noite deste domingo completou 72h que afamília manteve o último contato com o ex-vereador de São Julião, Emídio Reis da Rocha (PMDB). O político segue desaparecido deste a última quinta-feira (31), dia em que deixou o município de Picos e seguiu viagem para a cidade de Campo Grande do Piauí.

A família do ex-vereador realizou no fim da tarde deste domingo uma caminhada na cidade de São Julião. O ato reuniu amigos e parentes e percorreu o centro do município e suas principais ruas.
De acordo com Nicomedes Karol da Rocha, sobrinho do político, a passeata foi feita a partir da ânsia dos familiares por noticias e com o objetivo de mobilizar as pessoas em busca de informações que levem ao paradeiro de Emídio Reis. "O que mais nos angustia é não saber de nada e de nenhuma pista que no leve a encontra-lo", conta.
 A passeata mobilizou a população, que foi as ruas com cartazes e faixas chamando atenção para o caso. Emídio Reis era separado, tinha três filhos e possui nove irmãos.
Emídio Reis era presidente da Câmara dos Vereadores quando perdeu, em 2012 a eleição para o prefeito de São Julião. O carro em que o ex-vereador viajava em um veículo modelo Strada, encontrado com a chave na ignição a 10 km de Picos. O Grupo de Repressão ao Crime Organizado no Piauí (Greco) assumiu o caso ainda na sexta-feira (1º) 

TODO MUNDO É BICHA!


 jornal O Pasquim marcou época em plena ditadura militar, usando o jornal como instrumento contra a censura e usufruindo bastante humor. Era uma equipe unida, que foi juntada aos poucos. Tarso de Castro como editor chefe, Jaguar como editor de humor, Sérgio Cabral como editor de texto, Claudius que mais tarde foi ser correspondente em Genebra, e depois vieram Ziraldo, Millôr, Paulo Francis, Miguel Paiva, entre outros. A idéia de criar o jornal surgiu em 1968, e a primeira edição foi publicada no dia 26 de junho de 1969. O nome significa “jornal difamador, folheto injurioso”, sugerido por Jaguar que brinca dizendo “terão de inventar outros nomes para nos xingar”, já imaginando as criticas que iriam receber.

Veja abaixo um artigo de Tarso de Castro.



BICHA 
Millôr Fernandes chegou da Europa e é bicha: Martha Alencar é bicha e o marido dela, o Hugo Carvana bicha; o Sérgio Cabral, por sua "vez, tem vergonha, acha que pai de família não deve confessar isso mas eu sei é bicha; o Paulo Francis, que fica fazendo aquele bico, é bicha; o Chacrinha, nem se fala, é bicha; o Gérson mesmo jogando pra burro, é bicha; o Fortuna é bicha, bicha declarada, o Armando Marques é bicha; a tia da namorada do Denner é bicha; a namorada do Denner é bicha; o Denner é bicha; o Edvaldo Pacote é bicha, a Gal Costa é bicha; a Elis Regina é bicha; o Nelsinho Motta é bicha; os Luiz Carlos Maciel são bichas, os Monteiro de Carvalho são bichas; os Monteiro de Carvalho são bichas, menos um, por falta de tempo, o Ricardo Amaral é bicha; aquêle amigo do Ricardo Amaral é bicha; o Jaguar é bicha; o Jaguar é bicha; o Jaguar é bicha; o Jaguar é bicha; o meu contrabandista é bicha; ele é bicha; o Flávio Rangel é bicha; o Pedro Álvares Cabral era bicha; o Antônio Houaiss é bicha; o Ulisses é bicha; o Maneco Muller é bicha; o Fernando Fernandes é bicha; o Vinícius de Moraes é bicha; o Carlos Drummond de Andrade, que ainda não me deu aquela entrevista, é bicha; o Sérgio Cavalcanti é bicha; o Jaguar é bicha; os contatos de publicidade, o Ewaldo e o Paulo Augusto, são tremendas bichas; e o chefe dêles, o Grossi, é bicha; o lvon Cury é bicha; o Daniel Mas, sem qualquer apelação, é bicha; como bicha é, também, o Antônio Guerreiro; o José Silveira é bicha; o Manolo é bicha;
o Chico Buarque é bicha; o Caetano Veloso é bicha; o Gilberto Gil é bicha; o Roberto Carlos é bicha; o Erasmo Carlos é bicha; o Zózimo Barroso do Amaral é bicha; o Jaguar é bicha; a Márcia Barroso é bicha; a Scarlet Moon de Chevalier, digo, a Scarlet é bicha, a Moon é bicha e a Chevalier é bicha; meu Deus, como o Paulo José e Dina Sfat são bichas; ah, sim, o Ênio Silveira é bicha; como esquecer que a Danusa é tão bicha como a Leão; bicha, também, pois, a Nara Leão, e o Cacá Diégues, que é marido dela, é bicha; e o Glauber Rocha, como todos os baianos, é bicha; a Rosinha, mulher do Glauber, é uma tremenda biçha; o Antônio Guerreiro é bicha; o Jaquar, que eu ia esquecendo, é bicha; o José Hugo Celidônio é bicha; nunca vi ninguém tão bicha quanto o Rogerio Sganzerla; bicha, mesmo, paravaler, é o lbrahim Sued, que não pode ser mais bicha; Doval é bicha; Jairzinho é uma bicha radical; falando em bicha: como vai você, Henfil; Minas Gerais é um viveiro de bichas; Ziraldo, por exemplo, quem pode negar? É a maior bicha de Caratinga; aliás, se vocês não sabem, esse tal de Caratinga também era bicha; o filho do Jaguar, tão pequenino já é bicha; também, o professor dêle é bicha, sô; ah, Virgem Santa, o João Saldanha é bicha; o César Thedim é bicha e a Tonia Carreiro, para provar o dito, também é bicha, falando nisso, o John Mowinckel é bicha; e o Pedrinho Valente, embora ainda não saiba, é bicha; a êsse lá sabe: o Ivo Pitanguy é bicha; há alguém mais bicha do que o Sérgio Bernardes? há, o Jaguar; ah, que saudades que eu tenho da bicha Cláudio Abramo; Afonso, Afonsinho, Afonsão, todos bichas; os Afonsos em geral, todos bichas,- tenho melancolia do Rio Grande do Sul porque as bichas que aqui são bichas não são bichas como lá; Olavo Bilac é bicha; o bigodinho do Oscar Niemayer não me engana; é bicha; ora Tom Jobim, vai ser bicha lá com a bicha do Frank Sinatra; como se não bastasse, de bichas, é claro, agora ainda anda por aí aquela bicha da Florinda; a bênção, minha bicha Baden; falando em bicha nada melhor do que uma bicha do Jorge Ben depois da outra; Charles Anjo 45 é bicha enrustida; você é bicha; o leitor, todos os leitores, são bichas; fala, bichonilda Sérgio Noronha; a Olga Savary é bicha e o livro dela é mais bicha ainda; Paulo Garcez é a chamada bicha respeitável; Jango é bicha; Brizola é subverbicha; e a Wanderléia, segundo a bicha do Flávio Rangel não a do no sentido possessivo mas do êle, Flávio - é bicha ternurinha; e quem diria, hem? todos os Macedos Soares são bichas; Rubem Braga anda caindo de tanto ser bicha. 
Este parágrafo é bicha.
Por outro lado, Maria Bethânia é bicha; a democracia é bicha; êle é bicha mas eu não sou louco de dizer; salve a bicha mais bicha de Londres, a bicha do Ivan Lessa; o Jaguar é bicha, o Ferreira Gullar já representou o Maranhão no concurso nacional de bichas; todos os componentes do velho PSD são bichas; Paulo Mendes Campos é a bicha mais intelectualizada que eu conheço; falando em bicha, vocês lá viram que coisa mais incrível o gênero bicha-barbuda que é o Carlinhos Oliveira?; bicha para falar a verdade, mas bicha mesmo, é o Hélio Fernandes; criança, nunca verás uma bicha tão grande quanto a Maria Raja Gabália; fala minha bicha Marlene Dabus; você é tão linda, Teresa Souza Campos, mas é bicha, Joaquim Pedro e MeIo Franco e, portanto , bicha, pois todos os MeIo Franco são bichas; a Danusa Leão, insisto, é bicha; olha aqui, ô Matarazzo, não queira me comprar:, tôda a familia é bicha; e tem mais:
vocês lembram da Maysa, ex-Matarazzo? Pois é bicha, bicha é a torcida do Flamengo; e a do Botafogo se existisse, bicha seria; os velhinhos do Vasco são bichas; o Fluminense, vocês sabem, andam de salto alto; todos os brasileiros são bichas; Europa, França e Bahia - tudo bicha; Ásia, África, América e Passo Fundo, tudo bicha; inclusive o Jaguar, tudo bicha; é a maior bichite da história do mundo; que, por sinal, é bicha.
O único macho do mundo é o Nélson Rodrigues.

PM É PRESO POR EMBRIAGUES!


O sargento da Polícia Militar identificado como Joaniel Gomes da Silva foi autuado em flagrante por embriaguez e danos materiais, após bater em um veículo que estava parado, no bairro da Cohama, em São Luís. O caso aconteceu na madrugada desta sexta-feira (1º).
Segundo informações da polícia, o sargento dirigia alcoolizado. Ao tentar sair do local, ele ainda caiu em um bueiro. A família do proprietário do veículo danificado conseguiu alcançar o sargento e ele foi levado para o Plantão da Beira-Mar, onde foi autuado.

MULHER É PRESA TENTANDO PASSAR COCAÍNA EM PRISÃO


A
FOTO: MOISÉS SILVA / SUPER NOTÍCIA
Parte das drogas estavam escondidas nas partes intimas da suspeita
Uma mulher de 27 anos foi presa no início da manhã de ontem após tentar entrar com cocaína no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Betim. A droga, segundo a Polícia Militar, foi colocada em dois invólucros - semelhantes a saquinhos de chup-chup - e, depois, introduzida na da vagina da suspeita.
De acordo com o sargento Lourismar, do 33º Batalhão da Polícia Militar de Betim, Ana Lúcia Rodrigues dos Santos Alves foi abordada durante a revista feita pelas agentes penitenciárias do local.  “A suspeita contou a polícia que a droga era para o consumo do namorado, Jonathan Júnior Nicolau da Silva, preso por envolvimento com o tráfico de drogas”, disse o sargento.

A suspeita foi autuada em flagrante e encaminhada para a Delegacia de Plantão de Betim. 

ABELHAS MATARAM ALUNA


Será sepultada na tarde deste domingo a aluna da Brigada Militar Mariana Lucher, 22 anos, que morreu no sábado em Rosário do Sul, após sofrer um acidente de trânsito na BR 158, cair num barranco e chocar-se contra caixas que continham abelhas dentro.

A Militar era alérgica e sofreu dezenas de picadas, como o local onde caiu era um barranco isolado ela demorou a ser localizada. Depois de localizada foi internada no Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora, em Rosário do Sul, vindo a falecer. Segundo o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora a jovem sofreu mais de 500 picadas.

O sargento Geverson Ferrari do 33º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que foi professor de Mariana falou sobre a jovem: “Ela Mariana estava com a gente desde setembro de 2012, quando começou o curso de soldado,  uma aluna diferenciada mesmo, muito inteligência, sempre conquistando notas excelentes nas avaliações, sua dedicada atenção a destacava dentre os demais colegas. Na sala de aula a aluna sentava na primeira fila. Trata-se, sem dúvida, de uma grande perda para nós da Brigada Militar e mais ainda para a sociedade que teria, com certeza, uma profissional de alta qualidade técnica, dotada ainda de um senso de humanismo raro”.Mariana era  natural de Cachoeira do Sul. Trabalhou no Hospital de Santa Casa como técnico em enfermagem. Ela residia em Esteio, onde estava no Curso de Formação de Soldados da Brigada Militar.

MORTO A PEDRADAS - VEJA AS FOTOS




Um crime banal chocou a população do Conjunto Aderbal Soares, bairro Alto 
da Popular, município de Santa Rita, na região metropolitana de João Pessoa, na noite de ontem sábado (02). Leandro Rodrigues, 31 anos, morador da Rua 22 de maio, confessou que matou a pedradas o próprio amigo porque este teria dito que tinha ficado com sua ex-esposa.
O acusado atraiu o amigo para beber em um bar no bairro e em determinado momento chamou a vítima para um terreno baldio para urinar. Enquanto Luciano Alexandre da Silva, 32, estava despreocupado urinando o acusado começou a golpeá-lo com pedradas na cabeça. A vítima não resistiu e morreu no local.
Poucos minutos após o crime, o acusado se entregou à polícia e revelou o motivo do assassinato: Luciano estaria pegando sua ex-esposa.

ela tinha 203 Kg


Malissa Jones, 21 anos, já foi a adolescente mais obesa do Reino Unido. Em 2008, com o ponteiro da balança perto dos 203 quilos, ela recebeu um ultimato: era perder peso ou morrer dentro de alguns meses.
Malissa escolheu a primeira alternativa e enfrentou uma cirurgia no estômago. Era a ajuda que ela precisava para perder 127 quilos e chegar aos 76, meta estabelecida pelos médicos.
Agora, a situação se inverteu: Malissa desenvolveu uma espécie de fobia à comida e está pesando pouco mais de 50 quilos (cerca de 12 são só pele). Precisa engordar para sobreviver.
Antes da cirurgia, Malissa ingeria 15 mil calorias por dia. Hoje, ela come três cenouras cozidas, duas porções de parsnip, um vegetal europeu, e uma batata assada, um total de 300 calorias, menos de um terço do que ela deveria consumir para se manter saudável.
“Meu médico diz que, se eucontinuarassim, eu terei apenas seis meses de vida. Eu provavelmente morrerei por causa de um ataque cardíaco, então eu preciso ser perseverante e comer. Estou tentando, mas é muito difícil”, disse Malissa à revista Closer Magazine (oDaily Mail reproduziu alguns trechos).
A tristeza vivida por Malissa é uma das explicações para sua imensa dificuldade em comer. Recentemente, ela vivenciou a perda de seu primeiro filho, Harry. A notícia da gravidez foi uma surpresa, já que seu namorado usava camisinha. Contrariando a opinião médica, os dois decidiram ter o bebê e Malissa diz ter lutado muito para se alimentar adequadamente.




Mesmo assim, perdeu peso durante a gravidez. O bebê nasceu desnutrido e morreu 57 minutos após o parto, realizado no sexto mês de gestação por causa de uma falha no fígado da mãe. “Eu não cheguei a pegar Harry no colo. Não acredito que vá superar isso”. Ela guarda fios do cabelo de Harry e algumas fotos em uma caixa. Após a morte do bebê ela perdeu 63 quilos. Ela diz que era mais feliz quando estava obesa

FOI NOTICIAM É PUBLICADO AQUI NO BLOG DO ROBSON MAIA


O promotor de Justiça Publius Lentulus Alves da Rocha (foto) acionou 25 pessoas, entre elas o atual prefeito e dois ex-prefeitos de Caldas Novas, empresários conhecidos, como Carlinhos Cachoeira, empregados da Caixa Econômica Federal (CEF) e agentes públicos municipais, por atos de improbidade administrativa que acarretaram o desvio de R$ 1.272.922,80 de verbas públicas.
O esquema foi descoberto numa investigação do Ministério Público em parceria com a Controladoria-Geral da União em Goiás (CGU). O trabalho minucioso das duas instituições é apresentado nas quase 9 mil páginas do inquérito civil público e comprovam irregularidades na aplicação de verbas repassadas pelos Ministérios das Cidades, Educação e Saúde ao município de Caldas Novas (foto).
Respondem à ação o prefeito Ney Viturino; os ex-prefeitos Evando Magal e Magda Mofatto, além dos empresários Carlos Augusto de Almeida Ramos – Carlinhos Cachoeira, Nivaldo Justino, Ricardo Haegler, Adriano Assunção Almeida e Alonso Cardoso, bem como as empresas Bet Capital Ltda, Cone Construtora Nova Era Ltda., Toledo do Brasil Indústria de Balanças Ltda, Assunção e Almeida Ltda., AM Cardoso II-Me, respectivamente de suas propriedades.
Figuram no processo também os profissionais liberais Dagmar Bezerra e Dirceu Barbosa, o funcionário da CEF Ricardo Piloni, os ex-secretário de Educação José Custódio Pereira Neto, Aparecida Rabelo, Selma Mendes, Cecília Rodrigues, e os ex-secretários de Saúde Ricardo Garcia, Marco Aurélio Brito, Fernando Resende e Wiris Arantes. Da mesma forma, estão acionados a ex-secretária de Finanças Magda Carrijo.
As irregularidades
O promotor de Justiça revela que, no decorrer das ivestigações sobre irregularidades na aplicação de recursos federais pelo município de Caldas Novas, surgiram evidências de “falcatruas” ocorridas nas adminstrações de Ney Viturino, Magda Mofatto e Evando Magal, com a participação de agentes públicos e de particulares. Publius Lentulus afirma que, diante a quantidade e complexidade de impropriedades, requisitou o trabalho da Controladoria-Geral da União em Goiás (CGU), que foi de fundamental importância para o levantamento das ilegalidades cometidas. As irregularidades envolvem recursos dos Ministérios das Cidades, Educação e Saúde.
Ministério das Cidades
Em 2001, o ex-prefeito Evando Magal firmou contrato com o Ministério das Cidades para a construção de aterro sanitário com trincheiras de lixo comum e hospitalar, lagoa de chorume e instalação de balança, que tinha como responsável técnico a aquiteta Dagmar Bezerra. O contrato de repasse previa também a realização de projeto social voltado para educação ambiental da população. A administração do repasse ficou a cargo da Caixa Econômica Federal que, na ocasião, tinha como superintendente local Ricardo Piloni.
Segundo consta no inquérito civil, houve fraude no processo de licitação na contratação das empresas Cone Toledo do Brasil, Bet Capital, AM Cardoso, Assunção e Almeida e o particular Dirceu Barbosa para a execução dos serviços. Entre as irregularidades constatadas estão a contratação direta de serviços e equipamentos, alteração ilícita do objeto licitado, execução inadequada de obras e serviços, falhas na prestação de contas, entre outros. O prejuízo aos cofres públicos contabilizado foi de R$ 103.959,33.
Ministério da Educação
Durante a administração de Magda Moffato e do titular da Secretaria Municipal de Saúde José Custódio Pereira Neto foram constatadas irregularidades na aplicação dos recursos do Programa de Educação de Jovens e Adultos (Peja), com desvio de de finalidade, que resultou em prejuízo de R$ 9.075,68.
Outra irregularidade apontada refere-se aos recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE). Também na gestão de Moffato, houve prejuízo de R$ 14.083,26, por pendências na prestação de contas, pagamento sem verificação da regularidade fiscal da empresa contratada, falta de retenção de impostos federais, fracionamento de despesas com dispensa de licitação, falhas no processo licitatório, entre outros.
Magda Moffato, segundo apuração dos fatos, também é responsável por prejuízo de R$ 525.581,60, relativo ao mau uso das verbas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Concorreram para as ilegalidades os ex-secretarios municipais Magda Carrijo, José Custódio Pereira Neto, Aparecida Rabelo, Selma Mendes e Cecília Rodrigues. Comprovação parcial de despesas, uso simultâneo de notas fiscais para comprovar despesas diferentes, fracionamento de despesas e gastos indevidos estão entre as irregularidades.
Ministério da Saúde
Houve prejuízos aos cofres públicos, conforme relatório da CGU, de R$ 110.202,22, na execução dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs) e da Saúde da Família, Epidemiologia e Controle de Doenças e no Piso de Atenção Básica. As irregularidades aconteceram entre 2005 e 2008, ocasião em que estiveram à frente da pasta Ricardo Garcia, Marco Aurélio Brito, Fernando Resende e Wiris Arantes. Entre elas, estão o recebimento de recursos da União para o Pacs em número superior à quantidade de agentes em exercício no município, falta de recolhimento ao INSS dos valores retidos nos pagamentos de agentes e situação irregular do Conselho Municipal de Saúde.
Quanto às ações realizadas nos programas do Ministério da Saúde, num montante de R$ 1.402.047,00 fiscalizados, foram verificadas situações que geraram prejuízos de R$ 951.657,08. Eles ocorreram durante a gestão dos secretários Ricardo Garcia, Marco Aurélio de Brito, Fernando Resende e Wiris Arantes e decorreram de pagamentos irregulares, falta de retenção de contribuições previdenciárias, falta de comprovação de pagamentos com recursos do programa, pagamentos de despesas médicas não amparadas pelo programa, terceirização de serviços sem licitação, entre outros.
Ressarcimento
Para o promotor de Justiça, todos os acionados praticaram atos de improbidade administrativa, importando enriquecimento, pelo desvio de finalidade no uso das verbas da União repassadas ao Município de Caldas Novas, bem como pela má gerência dos administradores públicos. Segundo apuração do MP em parceria com a CGU, o prejuízo causado à municipalidade chegou a R$ 1.272.022,80.
Para garantir o ressarcimento os danos causados, o promotor pediu a indisponibilidade dos bens dos processados que, segundo a legislação, deve abranger o suficiente para o resssarcimento dos prejuízos e pagamentos das multas civis que cabem ao caso, prevista em três vezes o valor do dano. Assim, visando a garantia do efeito útil do processo, soma-se o valor de R$ 2.186.556,30 relativos aos danos às multas civis impostas a cada um dos acionados, num total de R$ 82.718.637,38.
Além da indisponibilidade de bens, o MP quer a condenaçãos dos réus pela prática de atos de improbidade administrativa e às sanções previstas na Lei n° 8.429/92, que incluem a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. (Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social)

11/08/2010 17h28

 

CAMPANHA: SALARIO MINIMO PARA TODOS OS POLITICOS






Imagine parte dos vereadores do país ser eleita para exercer um mandato de quatro anos e não receber nenhum centavo por isso. Trabalhar apenas por “amor à causa”. Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), do senador Cyro Miranda (PSDB/GO), promete extinguir os subsídios dos vereadores das cidades brasileiras com até 50 mil habitantes. O projeto não chegou à votação em plenário, mas desde que foi encaminhado para Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está causando muita polêmica e sendo interpretado por alguns políticos como inconstitucional. 

A pressão é grande para que a proposta não seja levada adiante. Atualmente os vereadores recebem até 75% do que ganha deputado estadual. Se a PEC for aprovada, a maioria das câmaras municipais do país seria atingida. Estima-se em mais de 90% serão afetadas. As novas regras, no entanto, só valeriam em 2016. Em Pernambuco, dos 184 municípios 149 entrariam na cota do “sacrifício” (veja quadro). 

O senador Aloísio Nunes (PSDB/SP) foi escolhido como relator da PEC, mas ainda não concluiu o relatório. Segundo informações de bastidores, algumas propostas já foram encaminhadas ao relator para diminuir o impacto da medida, entre elas está a de incluir uma ajuda de custo no valor de um a dois salários mínimos para os vereadores nesses municípios.

Na avaliação do senador Armando Neto (PTB), a PEC é inconstitucional e discriminatória. “É tratar iguais de maneira desigual, pois em uns municípios os vereadores receberiam e em outros, não. É preciso discutir a questão de maneira mais ampla. Para a PEC ser mais coerente, deveria suprimir a remuneração de todos (senadores, deputados, prefeitos, governadores), o que não concordo”, disse. De acordo com o petebista, o correto seria estabelecer um critério para balizar a remuneração dos vereadores em vez de suprimi-la. 

O presidente da União de Vereadores de Pernambuco (UVP), Severino Farias, assegura que a iniciativa é preconceituosa, principalmente com o Nordeste. Para ele, a dificuldade do país não está nas casas legislativas, mas no Poder Executivo. “O problema da corrupção está no Executivo. O vereador não compra merenda, medicamentos, não faz obras. Seu papel é de fiscalizar e fazer leis. Não é justo trabalhar sem receber. É fácil bater nos pequenos. Se o vereador não exercer bem seu papel, a população pode julgá-lo a cada quatro anos”, afirmou. 

A UVP está encabeçando um movimento junto com outros estados do Nordeste para nos dias 12,14 e 14 de março viajar a Brasília. Além de tratar dessa PEC, os vereadores vão discutir o Pacto Federativo e a reforma política. O discurso do presidente da UVP foi reforçado pelos presidentes das câmaras de Bom Conselho, Geninho Cavalcanti (PRP), e de Caetés, Paulo Henrique Santos (PSD). “Nas cidades pequenas, não tem como o vereador não fazer o assistencialismo de dar apoio às comunidades. A carência é grande”, comentou Geninho. Já Paulo Henrique considerou a medida sem nexo. “Trabalhar sem receber é errado. Isso não pode ser”, criticou. 

Saiba mais

Entenda a PEC 35/2012 dos vereadores


Proposta do senador Cyro Miranda (PSDB) 
Propõe alterar a Constituição Federal para acabar com o subsídio dos vereadores das cidades com até cinquenta mil habitantes.

Reflexos em Pernambuco

184 é o número de municípios no estado 

149 (81%) deles têm menos de 50 mil habitantes e seriam atingidos com aprovação da PEC. 

2 é quantidade de sessões mensais das câmaras de vereadores na maioria dos municípios com menos de 50 mil habitantes. O número de reuniões é definido de acordo com o regimento das casas legislativas. 

2.062 é o úmero total de vereadores no estado

Faixas salariais 

R$ 4.008,47 – cidades com até 10 mil habitantes 
R$ 6.012,70 – até 50 mil habitantes
R$ 8.016,94 – até 100 mil habitantes 
R$ 10.021,17 – até 300 mil habitantes 
R$ 12.025,41 – até 500 mil habitantes 
R$ 15.031,76 – mais de 500 mil habitantes 

Como o Recife tem 1,5 milhão de habitantes, a remuneração dos vereadores é de R$ 15 mil por se enquadrar na determinação para as cidades com mais de 500 mil habitantes. 

Conheça a realidade das câmaras de outros países

Estocolmo 

Um vereador da capital da Suécia não recebe salário para exercer o cargo. Recebe uma ajuda de custo no valor de R$ 350. Se integrar algum comitê, essa ajuda pode ser ampliada para R$ 790.

Paris (França)
A remuneração varia de R$ 3,5 mil a R$ 6 mil. O subsídio varia em função do tamanho da área da cidade em que o vereador tem atuação. 

Cidade do México (México)
O vereador não recebe nenhuma remuneração para exercer o cargo. Há cerca de 1,8 mil comitês de bairros organizados em torno de nove vereadores. Eles são nomeados para atuar 

Nova York (Estados Unidos)
Um vereador nova-iorquino recebe R$ 16 mil. A média salarial de um cidadão norte-americano é de R$ 3,9 mil. Para exercer o cargo, não há exigência de dedicação exclusiva.

ADVOGADO APONTA FALHAS NO CASO VALÉRIO LUIZ


Os advogados de Maurício Sampaio receberam uma cópia do inquérito fornecida pela delegada Adriana Ribeiro, responsável pela apuração do assassinato do radialista Valério Luiz de Oliveira. O documento aponta que a Polícia Civil seguiu uma única tese desde o início, a apontada por familiares de Valério. Segundo um dos defensores de Sampaio, Neilton Cruvinel Filho, “Maurício é absolutamente inocente e, por isso, não tem como existir prova contra ele”. Para o advogado o inquérito apresentado confirma esta conclusão.



Teria lhe causado surpresa que as dezenas de pessoas entrevistadas pelos policiais só foram perguntadas sob aspectos do envolvimento de Sampaio, “sempre nesta única linha de tentar provar sua participação”. Segundo Cruvinel Filho, seria impossível descobrir algo sobre seu cliente: “Nada foi apurado porque não há como se apurar algo que não ocorreu. De repente, do nada, aparece uma denúncia anônima dando o nome de um pretenso executor, disposto a confessar tudo”. O personagem mencionado é o açougueiro Marcus Vinícius Pereira, o Marquinhos, preso na sexta-feira. Segundo o inquérito, Marquinhos confessou o assassinato de Valério: “A polícia não investigou e descobriu Marquinhos. Ele caiu de paraquedas na investigação, a partir de uma denúncia anônima, pronto para confessar”.

Em sua análise, o depoimento de Marquinhos é “sem qualquer sentido”. Aponta contradições: “Primeiro ele diz que recebeu 10 mil reais, mas, minutos depois, já afirma que eram 9 mil”. Para o defensor de Sampaio, a confissão atende ao clamor social, “não ao conjunto probatório, que é muito frágil, mesmo depois de seis meses de investigação de quase uma centena de policiais”. A Polícia Civil admite que quatro delegados e 20 agentes investigaram o caso, mas fala-se em até 60 policiais usados no inquérito, incluindo diversos de outros Estados.

Ainda sobre Marquinhos, Neilton encontrou outros supostos equívocos: “Num só depoimento ele diz que pegou dois caminhos distintos para chegar ao local do crime”. A opinião da defesa é a de que, “aparentemente, alguém instruiu Marquinhos, fornecendo-lhe informações básicas para que ele desse um depoimento minimamente coerente, mas, como toda testemunha instruída, Marquinhos se contradiz sempre que lhe é perguntado algo minimamente fora do básico”. Cruvinel Filho identifica uma das falhas: “Por exemplo, no laudo pericial consta que foram seis tiros, disparados a dois metros de distância, por uma arma calibre 357. E Marquinhos afirma exatamente isso, que atirou seis vezes, a dois metros, com uma arma 357. Mas, perguntado sobre a marca do revólver, sua memória imediatamente piora. Ele diz não saber qual o fabricante da arma, pois não está com o revólver e que queimou a camisa usada no crime”. No inquérito, testemunhas se lembram de ter visto uma blusa vermelha, listrada. Alguns veículos da imprensa afirmam que o assassino estava de roupa preta.

Como já foi divulgado, Marquinhos garantiu à polícia que se comunicou com os agenciadores do crime por dois telefones comprados especificamente para isso, mas não sabe o número dos celulares. O advogado diz estranhar que, para um profissional do crime, o pistoleiro matou no meio da rua, durante o dia, uma pessoa pública que tinha a rotina divulgada em seu trabalho nos meios de comunicação. O açougueiro diz ter motocicleta, mas no assassinato teria usado a moto do pai, apresentada ontem pelos delegados. “Aquele que a polícia apresenta como exímio homicida nem se preocupou em usar um meio de locomoção sem relação com ele”.

Outro detalhe do inquérito ressaltado por Cruvinel Filho é quanto ao “roteiro cinematográfico” descrito por Marquinhos em seu depoimento: “Ele diz que ficou esperando no seu açougue, a vários quilômetros e muitos minutos de distância do local do crime e que, só após Valério sair da rádio, deslocou-se para lá, e já chegou atirando”. Cruvinel Filho, que atuou em outros casos e se considera pesquisador do tema, afirma que “o lógico de um pistoleiro seria ficar minimamente próximo ao que seria a cena do evento, esperando para abordar a vítima, e não de tocaia bem longe do local do crime”.

Cruvinel Filho cita outro trecho do depoimento no qual Marquinhos declara ter encontrado o sargento Djalma Gomes da Silva às 4 horas do dia do crime, 5 de julho de 2013. O advogado menciona que, “na mesma hora e dia”, Da Silva estava em outra cidade, numa diligência policial, em operação policial de combate a assalto nas estradas: “O Da Silva estava com outros militares apreendendo uma carga de cigarros roubados, o que certamente está amplamente documentado pela polícia. Ele só voltou a Goiânia durante a noite”. Da Silva integra a Polícia Militar e está preso desde sexta-feira acusado pela Delegacia de Homicídios de envolvimento na tragédia.

Segundo reportagens deste fim de semana, Marquinhos é um informante da Polícia Civil que há anos se envolve em crimes e faz acordo com quem o prende em troca de informações sobre outros autores de delitos. Policiais teriam dito aos defensores de Sampaio que Marquinhos é “o informante típico”, gosta de falar muito e “sempre tem alguma informação sobre tudo”. Não foi revelada pela polícia, que por diversas vezes contou com a colaboração do pistoleiro, nenhuma delação premiada de Marquinhos em que os envolvidos cumpriram pena. “O informante acaba virando um escravo do policial que o protege e decreta seu fim quando deixa de continuar prestando o serviço de entregar comparsas, inimigos ou quem seu credor mandar”.

A polícia escreveu no inquérito que Marquinhos contou ter sido contratado pelo motorista Urbano Carvalho, outro preso na sexta-feira. Para um advogado, Carvalho negou que conheça Marquinhos. Segundo o texto da delegada Adriana Ribeiro, Marquinhos coloca em seu depoimento que Carvalho e Da Silva se revezaram nos contatos para agenciar a morte do radialista. Um teria pago pelo crime, outro forneceu o revólver e os celulares e depois os recolheu. O advogado Cruvinel Filho diz que “é mais uma debilidade do depoimento e, portanto, do inquérito”: “Quem já atuou em desvendar crimes de pistolagem entende que não é usual neste tipo de situação duas pessoas atuarem para uma terceira executar”.

Cruvinel Filho lista diversas outras contradições no depoimento de Marquinhos e as qualifica de “enormes”: “Como o depoimento de Marquinhos é a única prova nos autos do inquérito entregue à defesa, teria de ser firme, mas está claro que não é, é apenas a confissão de uma pessoa que parece plantada na investigação”. Segundo Cruvinel Filho, “os advogados de Maurício, com convicção e veemência, garantem que ele é inocente”: “Por causa da pressão da imprensa, pegou-se um depoimento para condenar, antecipadamente e sem prova nenhuma, uma pessoa inocente, um homem honrado e respeitado, religioso, caridoso, humanista, enfim, um homem bom, que nada fez de errado e não tem relação nenhuma com a morte de Valério Luiz”. Segundo o advogado, a defesa lamenta “esta prática da polícia de prender sem provas para ver o que descobre, destruindo reputações, famílias, gente inocente”. Cruvinel Filho diz que está à disposição “de toda a imprensa para discutir o caso”.

PRESO ASSASSINO CONFESSO DE VALÉRIO LUIZ


O assassino confesso do comentarista esportivo Valério Luiz, o ladrão de carros e açougueiro Marcos Vinicius Pereira Xavier, teria sido escolhido para cometer o crime porque foi apontado por policiais militares, que o agenciaram, como um homem “frio”, “atirador experimentado” e “corajoso”. Ele seria um criminoso temerário, acostumado a roubar automóveis nos períodos diurno e noturno. Há outro criminoso na família, seu irmão, que, em 2012, queimou uma pessoa viva.
Marcos Vinicius, o Marquinhos, tem 28 anos e tem passagens pela polícia por roubo de carros e lesão corporal. Até ser preso, era citado como um homem “discreto” e “operacional” — “pau pra toda obra”. Agora, está, como dizem policiais, “cantando” tudo, dando detalhes do crime e a respeito das pessoas que o encomendaram. Ele sustenta que matou a pedido de Urbano, cujo patrão, segundo ele, seria o cartorário Maurício Sampaio. Mas seu relacionamento não era com o empresário, e sim com Urbano e com o sargento Da Silva. Urbano teria fornecido a arma, o telefone usado no dia do assassinato e repassadodinheiro.
Por que, exatamente, um grupo poderoso — formado de policiais militares e um empresário, como apoio de Urbano e Marcos Vinicius, o pistoleiro — decidiu matar Valério Luiz?
Há duas versões. A primeira assinala que, ao chamar de ratos dirigentes esportivos do Atlético, time de futebol de Goiânia, provocou a ira deles. Os dirigentes estariam abandonando o clube, porque o time estava mal, como fazem os ratos quando o navio está afundando.
Há uma segunda versão. Durante um Campeonato Brasileiro, o Atlético estava mal e, de repente, começou a ganhar vários jogos. Prontamente, a imprensa esportiva registrou o crescimento surpreendente do time. Mas o que os jornalistas não sabiam, se a história for mesmo verdadeira, é que um dirigente do Atlético estava comprando resultados. Ele supostamente subornava os goleiros e os técnicos dos clubes, que entregavam os resultados. Valério descobriu o esquema e decidiu denunciá-lo. Um dirigente não gostou.
Como um dirigente do Atlético mantinha ligações com policiais militares, alguns faziam sua segurança e também a segurança do ex-sócio da Rádio 730 Joel Datena, teria se queixado a alguns deles. Um dos policiais militares seria ex-dirigente do Atlético. Depois de muitas conversas, e reclamações, um oficial da PM teria dito que sabia quem podia fazer o “serviço”. Depois de várias conexões, como a citação de um cabo da PM, chegou-se, por meio de um sargento, a Marquinhos. O sargento Da Silva fez uma varredoura nas ruas, verificando onde existiam câmeras e rotas de fuga, e Urbano monitorou Valério Luiz. Com tudo preparado, Marcos Vinicius teria roubado uma motocicleta e, em julho de 2012, matou o comentarista esportivo. O assassinato teria custado cerca de 200 mil reais ao empresário. Comenta-se que chegaram a oferecer mais dinheiro para Marcos Vinicius assumir o crime sozinho, mas e a motivação? O criminoso não razão alguma para matar o radialista.
Um delegado foi afastado do caso porque mantinha ligação estreita com o tenente-coronel que é apontado como participante do grupo que organizou o assassinato. O delegado não tem qualquer envolvimento com o crime, mas poderia vazar informações. Conta-se que Urbano chegou a escapar para o interior porque uma informação teria vazado. Depois, foi preso.
FONTE: JORNAL OPÇÃO

CASO VALÉRIO LUIZ, PRESO PROVÁVEL MANDANTE


Maurício Sampaio foi preso em sua residência, no Setor Oeste
Apontado como mandante do assassinato do radialista Valério Luiz, o cartorário e  ex-vice-presidente do Atlético Maurício Sampaio foi preso ao meio-dia deste sábado (2/2) em sua residência, no Setor Oeste, em Goiânia. Ele teve sua prisão temporária de 30 dias decretada na noite de ontem e está detido na Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), no Bairro Cidade Jardim. 
O assassino confesso de Valério Luiz, o açougueiro Marcos Vinicius Pereira Xavier, sustenta que matou a pedido de Urbano de Carvalho Malta, cujo patrão, segundo ele, seria o cartorário Maurício Sampaio. Mas seu relacionamento não era com o empresário, e sim com Urbano e com o sargento Djalma Gomes da Silva. Urbano teria fornecido a arma, o telefone usado no dia do assassinato e repassado dinheiro.

Valério Luiz foi assassinado em 5 de julho do ano passado quando saía da Rádio Jornal AM, veículo para o qual trabalhava, no Setor Serrinha. Todos os envolvidos no crime tiveram suas prisões decretadas.
No momento da prisão, Sampaio não foi algemado, e chegou à delegacia acompanhado de advogados. Como é bacharel em Direito, encontra-se em cela especial. Sua prisão pode ser prorrogada por mais 30 dias.
FONTE: JORNAL OPÇÃO:

DIÁRIO DA MANHÃ ENTREVISTA FAMÍLIA DE VALÉRIO LUIZ


Família relembra Valério Luiz

O Diário da Manhã entrevistou a família do radialista Valério Luiz e descobriu que o homem de 39 anos, pai de três filhos, estava prestes a ter mais um bebê. A criança não virá, porque os planos de Valério e da viúva Lorena Nascimento eram fazer uma viagem internacional, antes da inseminação artificial. A reversão da vasectomia já havia sido feita, aliás.
Apesar das duras críticas e ofensas até mesmo pessoais, como o pai Mané de Oliveira mesmo diz, Valério sempre foi muito honesto e responsável. O cronista tinha um compromisso com a verdade e por isso mesmo, muitas vezes se viu em situações complicadas.
O cronista não se deixava resumir somente em ver e comentar esportes. Ele adorava esportes no gelo. A filha, Laura Gomes de Oliveira, se recorda com emoção da última conversa que tiveram: ensinamentos e bom humor.
entrevistas na íntegra
Mané de oliveira
DM: Como nasceu Valério, onde?
Mané: Em 1962 no final do ano, dia 3 dezembro, nasceu Valério, em Santa Rosa. Eu assisti o parto dele, foi emocionante. Era um rapaz impetuoso, de personalidade muito forte, sempre cuidou da vida dele, sempre alcançou seus objetivos, desde menino, e na sua maturidade, foi um ótimo comerciante.
DM: Fale um pouco de sua adolescência.
Mané: O Valério tem uma história interessante. Eu era muito amigo do João Carneiro, na época ele tinha uma garagem na República do Líbano. O Valério tinha 16, 17 anos, então pedi a ele que o empregasse, o chamando para trabalharna sua garagem, iniciando sua vida profissional. Combinamos que eu daria 150 reais por mês para ele pagá-lo, mas que isto ficaria entre a gente, ele não poderia saber.
Valério trabalhou na garagem por mais de um ano, foi excelente funcionário, e após um tempo eu montei uma imobiliária na Rua 4 do Bairro Central, e do lado tinha um estacionamento, foi quando  ele pediu o espaço pra montar um negócio de carro, com mais dois amigos, de sociedade. Ele chegou a comprar um carro da Chevrolet com essa empreitada.
Logo depois, ele montou uma loja de confecção, e ao mesmo tempo, na rádio. Começou a trabalhar comigo, no radialismo, e logo depois fomos juntos para a televisão. Eu não sabia de televisão, e ele já sabia tudo, pois já tinha trabalhado na Serra Dourada, na Televisão Anhanguera, e tinha uma boa noção de tudo.
Ele foi responsável pelo formato de logística da TV, coberturas, seleção de  jornalistas, e toda a equipe  geral. Ele começou como âncora, e depois se tornou comentarista. Trabalhávamos em uma emissora do governo, e para manter o estilo polêmico e direto dele, ele teve que  se afastar de mim,  até para não me prejudicar ele saiu, pois sua  sinceridade não era compatível com a emissora.
Foi então que meu filho entrou na Rádio Jornal e na  PUC-TV, onde fez o comentário que todo mundo sabe qual foi e eu acredito que foi a gota d’água  para sua execução.
DM: Ele sempre foi muito incisivo nas ideias que defendia. Teve algum fato na infância que marcou isso?
Mané: Ele discutia muito comigo, várias  vezes. Tinha um temperamento forte, e às vezes acontecia de não concordarmos um com o outro, pois eu também tenho personalidade forte. E isso é normal.
DM: Opinião forte foi o que matou seu filho?
Mané: Problema de opinião forte não é, pois às vezes você pode ter opinião forte, mas a dele era direcionada. Ele não falava o “dirigente”, ele fala o nome do cara, com todos os seus defeitos, e às vezes agressivo. E atingia a pessoa. E todo mundo sabe que quatro meses antes do seu assassinato ele fez um comentário sobre o Atlético, relatando seus problemas e tudo que viria a acontecer, e que realmente aconteceu, dentro do clube. Tudo que ele falou, aconteceu.
O Atlético foi rebaixado, os jogadores que o Atlético contratou não deram certo,  nem  resultados,  pois foram todos selecionados  em cima de interesses empresariais, então, não serviram. O clube estava se desmantelando.
DM: Qual fato do Valério mais te marcou como pai?
Mané: Valério me marcou tornando-se pai, pois quando casou pela primeira vez, teve uma filha, no segundo teve dois filhos, no terceiro ele não teve, mas se foram nove anos com a Lorena. O meu neto, filho dele, o Valerinho, hoje é advogado, a primeira filha  dele é fisioterapeuta, e a Laura está terminando Psicologia.
Valério não era um  cara de sair para bar, nunca foi de farra, nem de brigar, era um cara caseiro. Ele era intempestivo, discutia com qualquer um. Mas isso é assim mesmo, cada pessoa é de um jeito, um é mais quieto, outro é mais energético, agitado, e assim são as pessoas.
Lorena Nascimento De Oliveira (Esposa)
DM: Me fala sobre o Valério marido, companheiro, amigo.
Lorena Nascimento: A gente se dava muito bem. Um fato marcante, que mostra que ele era uma pessoa decidida, foi quando a gente se conheceu, em 2002. Ele já estava interessado em mim, mas eu nem imaginava. Frequentávamos a mesma igreja, e ele me observava, até que um dia me chamou para sair, pra gente jantar, e ele foi direto comigo, curto e grosso, dizendo que queria casar comigo. Eu perguntei como, pois mal me conhecia, mas ele alegou que já tinha investigado entre amigos e conhecidos sobre mim.
Namoramos nove meses e ficamos noivos, onde passamos mais um período de 2 anos. Então nos casamos,  estava me formando na época. Minha família gostava dele, mas tinha um certo receio, pois ele já tinha sido casado e tinha filhos.  Eu também tinha receio disso, e ainda não tinha a experiência de um relacionamento sério, era jovem, tinha só 22 anos.
DM: As opiniões que ele tinha, o estresse do trabalho, ele levava pra dentro de casa?
Lorena Nascimento: Depende. Nas opiniões pessoais ele era bem enfático. Se ele queria alguma coisa, ele ia até o final, então algumas opiniões minhas eram diferentes da dele, e a gente foi aprendendo a conviver juntos. Tínhamos uma convivência muito boa, éramos muito companheiros.
DM: Quais  eram as manias dele?
Lorena Nascimento: Ele gostava muito de pedalar. Umas duas vezes por semana ele ia para as imediações do autódromo, levantava 5 horas da manhã. Na hora que ele chegava do pedal era a hora que eu estava levantando. Ele adorava snowboard, onde ele praticou na Suíça e foi inesquecível. Quando ele viu a neve, ficou maravilhado. E foi aprendendo. Virou paixão. Ele aprendeu a esquiar na nossa lua de mel, em Bariloche.
DM: Essas prisões são amenizadoras?
Lorena Nascimento: Não, pois isso não muda nada. Ele não está aqui, não está vivo, e  isso não vai mudar. Tínhamos nossa vida, a nossa felicidade, assim como o plano  de um  filho que  teríamos, e também iríamos esquiar novamente. Estávamos planejando a inseminação artificial, pois ele já tinha feito a cirurgia de vasectomia. Cheguei a fazer todos os exames e estávamos em vias de concluir o projeto de ter um filho. Seria maravilhoso, pois ele sempre foi um pai muito presente com todos os filhos dele.
Não sei se é egoísmo meu, mas se tivéssemos concluído esse plano eu teria uma parte dele comigo hoje, mas ao mesmo tempo acho que para a criança seria difícil a ausência do pai. O Valério não ia gostar disso, tenho certeza, e como bom pai, ele gostaria de  estar junto. Como testemunha de Jeová creio que em algum momento ele será ressuscitado.
Laura Gomes de Oliveira (Filha)
DM: Como era o Valério?
Laura Gomes: Era um pai exigente na vida, na escola, em tudo. Ele era assim também  em sua vida profissional, com ele mesmo. Era uma pessoa muito amorosa, atenciosa e carinhosa. Moramos juntos por cinco anos, eu, ele e o meu irmão.
DM: Como pai, o que  exigia?
Laura Gomes: Ele exigia boas notas. Não era de cobrar, mas gostava de ver resultados, tanto na escola como na vida pessoal.
DM: As suas fortes opiniões atingiam você?
Laura Gomes: Acho que todos nós assumimos bastante a personalidade do meu pai. Era uma pessoa que acreditava muito na verdade, no que era certo, defendia sempre isso, doa o quem doer. Ele sempre deixava a verdade prevalecer.
DM: Qual marca ou lembrança você tem de seu pai?
Laura Gomes: Foi a última conversa que tivemos, onde aleguei que estava trabalhando, estudando, por isso me  encontrava cansada, e na época tive um desentendimento com minha chefe. Ele me apoiava, dizendo que a única pessoa que ia me amar pra sempre era o papai. Era um pai muito amoroso.
DM: Teve algum fato na infância que marcou seu pai pra você?
Laura Gomes: Lembro do meu pai em toda minha infância. Mas o que mais me marcou em relação ao papai foi o empenho que ele sempre teve com a família. Começou a vida como puxador de fios no estádio, e sempre foi muito trabalhador. Não lembro do meu pai saindo sozinho ou fazendo alguma coisa que não fosse para a família. 
FONTE: DIÁRIO DA MANHÃ