domingo, 28 de julho de 2013

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CALDAS NOVAS: FUNCIONÁRIOS DA PREFEITURA DEVE FICAR EM ALERTA COM IPASGO

Servidores municipais de Caldas Novas poderão ter acesso aos benefícios garantidos pelo Ipasgo. A prefeitura municipal busca a efetivação de convênio com o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás. Na última terça-feira, 23 de julho, o prefeito Evandro Magal (PP) participou de reunião em Goiânia com a diretoria do Ipasgo.

De acordo com o chefe do executivo, caso a parceria seja de fato efetivada, os servidores optarão por se filiarem ao Ipasgo. “Estamos trabalhando para colocar mais este benefício à disposição dos nossos servidores municipais. Porque nós entendemos a importância de um plano de saúde. Mas ninguém será obrigado a firmar o convênio, se não estiver interessado”, disse o prefeito Evandro Magal.

Os funcionários públicos poderão indicar como dependentes os filhos menores de 18 anos, e filhos maiores que estejam matriculados em curso de graduação de nível superior. Outros entes familiares também poderão ser dependentes, porém será cobrada uma taxa específica.

Os servidores que aderirem ao plano terão de contribuir para terem acesso aos benefícios oferecidos. Para o plano básico será descontado 12,08% do salário do servidor, para o plano especial o desconto é de 18,48%.

A proposta de convênio apresentada pelo Ipasgo será analisada pelo prefeito Evandro Magal. O executivo irá estudar a viabilidade do convênio, uma vez que outras prefeituras municipais, como a do município de Aparecida de Goiânia, por exemplo, já realizaram esse tipo de parceria.

“A prefeitura municipal tem uma preocupação grande com os nossos colaboradores. Vamos reunir o secretariado e estudar a possibilidade de trazer essa possibilidade para os servidores que estiverem interessados em aderir ao plano do Ipasgo”, salientou o prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal.
Ipasgo registra mais de 130 reclamações por mês, sendo a principal delas a dificuldade em agendar consultas
 
Era noite de terça-feira quando a funcionária pública Sandra Maria de Oliveira, 43 anos, notou que a filha de 7 anos necessitava de cuidados médicos. Usuária do Instituto de Assistência ao Servidor Público do Estado de Goiás (Ipasgo), ela colocou o cartão do plano de saúde na bolsa e foi direto para a emergência pediátrica. “Não havia nenhum médico atendendo pelo plano, liguei no Ipasgo e eles me direcionaram para outros dois hospitais, mas de nada adiantou. Minha filha que estava com infecção intestinal e de urina só foi atendida no dia seguinte”, relata.
 
O caso de Sandra Oliveira não é isolado. De acordo com um balanço de registros da ouvidoria do Ipasgo, a principal dificuldade encontrada pelos usuários é de obter atendimento médico. No período de 12 meses foram registradas 544 reclamações contra os prestadores credenciados com pessoa física, por exemplo, médicos e psicólogos. Outras 282 queixas foram notificadas, mas desta vez relacionadas à dificuldade de agendar consultas. Cobranças indevidas também fazem parte do relatório (veja box). Estima-se, no entanto, que os números sejam subnotificados pois é pequena a parcela de pacientes que encontram dificuldades de atendimento e se dispõe a encaminhar uma reclamação formal.
 
Usuários do Ipasgo reclamam de problemas não só no atendimento emergencial, mas também no agendamento de consultas, principalmente com pediatras, geriatras e endocrinologistas. A professora Elizabeth Alves, 39, também teve problemas para conseguir atendimento para a filha de 10 anos. “Tenho dois filhos, ainda crianças, e sempre que precisam de ajuda médica encontro dificuldades. As emergências são lotadas, já tive que pagar consulta particular para ficar mais tranquila e não ter de esperar mais de três horas para ser atendida”, relatou.
 
De novembro de 2011 a junho de 2012, apenas 128 processos levados à auditoria foram analisados: 27 foram arquivados, 48 prestadores receberam advertência e dez foram descredenciados. As denúncias que ocasionaram o descredenciamento são de cobranças indevidas, denúncias de auditoria ou negativa de atendimento ao segurado.
 
As reclamações, denúncias e sugestões registradas pela ouvidoria passam por um processo de tramitação, que determina se resultarão ou não em processos. Normalmente, da ouvidoria, as queixas seguem para a Gerência de Credenciamento, onde são checadas. Quando constatado que não houve falha do prestador, o registro é encerrado e o usuário informado. Se houver indícios de infração, é, então, aberto um processo administrativo, encaminhado à Comissão Permanente de Controle e Avaliação. A comissão apura a denúncia e, se for o caso, sugere a punição.
 
As reclamações de Sandra e Elizabeth não foram formalizadas na ouvidoria do plano de saúde, por isso, provavelmente, se todas as pessoas registrassem as queixas relatando os problemas, a estatística seria ainda maior que uma média de 130 reclamações por mês. Na quinta-feira (13), a reportagem entrou em contato com as secretárias de alguns médicos, cadastrados pelo Ipasgo, para agendar consultas. Em consultórios pediátricos, a consulta mais próxima seria possível com o prazo mínimo de 15 dias. Com médicos endocrinologistas, a situação não é diferente. Há médicos que orientam secretárias a comunicarem os pacientes do Ipasgo a tentarem a consulta no mês seguinte.
 
Uma resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de dezembro de 2011, instituiu prazos máximos para o atendimento dos usuários de todos os planos de saúde. Segundo a ANS, o prazo máximo que um usuário pode se submeter para aguardar espera de consultas pediátricas, ginecológica ou obstétrica é de sete dias. Já para nutricionistas são dez dias, e endocrinologista, 14 dias. No entanto, o Ipasgo se difere dos outros planos e, por lei, não é obrigado a cumprir os prazos, já que é uma autarquia estadual.
 
Representante médico
Enquanto o Ipasgo alega que sofre com posturas inadequadas dos profissionais de saúde, os médicos afirmam que, ao longo dos anos, o plano criou muitas dificuldades para a categoria, inclusive, com interferências antiéticas. O médico ortopedista e diretor de comunicação do Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego), Robson Azevedo, afirma que o Ipasgo se tornou pouco atrativo. “Houve melhorias com o novo modelo adotado nos últimos anos, mas os valores ainda são defasados e o trabalho desenvolvido ultrapassado”, dispara.
 
Na opinião do ortopedista, o médico ainda fica um pouco receoso de atender pelo Ipasgo. “De todo histórico que o plano tem, este seria o momento para resgatar a confiança do médico com novas propostas para os valores das consultas, procedimentos e atualização da tabela. Tem que resgatar a credibilidade junto à classe médica”, acredita.
 
Acima de tudo, ele disse que o Ipasgo precisa melhorar o relacionamento com o profissional de saúde. “O plano tem tido algumas medidas punitivas das quais não concordamos. Hoje é preferível atender outro plano, muitos profissionais bons também pediram o descredenciamento. Está na hora do Ipasgo mostrar que realmente está disposto a mudar. Pois não há satisfação dos usuários e nem dos médicos”, finalizou.
 
Ipasgo descredencia 70 médicos em 2013 e abre convocação
Ao todo, segundo a assessoria de imprensa do Ipasgo, entre médicos, dentistas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, são 3.570 profissionais de saúde credenciados ao plano. No entanto, já a partir deste mês, novos profissionais vão integrar a rede credenciada. Também, nos próximos dias, será aberto um novo edital para credenciamento de mais profissionais que devem atuar no interior do Estado. Este ano mais de 70 médicos foram descredenciados do plano de saúde.
 
Apesar de assumir problemas com os prestadores do Ipasgo, o presidente da autarquia, Francisco Taveira Neto, não considera o número de reclamações tão expressivo se relacionado com a quantidade de consultadas executadas com o auxílio do plano. Conforme dados do Ipasgo, são aproximadamente 150 mil atendimentos por mês. “Estamos falando de 1,8 milhão de atendimentos por ano. Então, primeiro, eu quero muito que essa quantidade de reclamações seja zero. Nós trabalhamos em busca da excelência, mas os registros acontecem muito em razão da falta de compromisso do prestador”, relatou.
 
Ele esclareceu que as reclamações acontecem devido a postura reprovável de alguns credenciados. “Muitos alegam baixo valor de honorários que são praticamente iguais ao que outros planos dispõem. Se estiver achando baixo que peça o descredenciamento. Pois há outros profissionais querendo prestar o serviço. Estamos pagando as contas com datas próximas aos planos congêneres”, alertou. Destacou que não enxerga coerência na postura de prestador que atende mal o paciente e que pede complemento para consulta. “Não compactuamos com essa prática.”
 
Taveira também afirma que os usuários que passarem por problemas registrem suas queixas. “Pois assim, podemos chamar o profissional e darmos a oportunidade para que ele firme um termo de compromisso.” No mês de abril, o Ipasgo expediu 380 processos de advertência a prestadores que apresentam baixo índice de atendimento, ou seja, menos de dez consultas por mês. Para Taveira, o profissional que se dispõe a atender pelo plano deve atender a padrões mínimos.
 
Sobre o novo edital para o chamamento de novos profissionais de saúde, o presidente do Ipasgo revelou que houve a procura de pelo menos mil inscritos, entre médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos. “Nós inicialmente chamaremos aproximadamente 350 profissionais e os demais formarão quadro na medida de efetuamos remanejamento.”
 
Para um profissional de saúde concorrer ao atendimento pelo plano, ele deve apresentar inscrição no conselho que regulamenta a profissão, além de documentos de ordem jurídica, como certidões negativas. Há algumas especialidades médicas que sofrem de carência de profissionais. No entanto, segundo Francisco Taveira, essa é uma realidade do País. “Pediatria, por exemplo, é um problema nacional. Nessa especialidade, a gente tem carência sim, mas não é só o Ipasgo.”
 
Déficit
Desde julho do ano passado, o Ipasgo voltou ao regime regular de pagamento e sanou sua dívida de R$ 400 milhões. O montante levou a autarquia a viver uma de suas piores crises da história. No entanto, o controle do déficit, segundo o Ipasgo, aconteceu com o corte de 30% dos servidores, revisão dos contratos com fornecedores, suspensão de outros e negociação de dividas com os prestadores.
 
Na época, a arrecadação mensal era de R$ 60 milhões e as despesas de R$ 80 milhões, sendo R$ 72 milhões para o pagamento de faturas aos prestadores. Com as contas no azul, possibilitou-se o investimento em demandas dos usuários. Houve ainda reestruturação do grupo conhecido por agregados, que apresentava uma diferença entre receita e despesa de R$ 55 milhões por ano e ainda aumento no valor pago pela consulta para R$ 50 para médicos, em 2012, e equiparação no valor da consulta para dentistas e profissionais de terapias complementares, em 2013.
 
Outra mudança propagada pelo Ipasgo foi a redução do prazo de pagamento das faturas para em média, 42 dias, chegando em dezembro de 2012, a pagar com 30 dias da entrega das faturas.

HUMILDADE COM MUITO ESTILO


"As mina pira quando a gente, chega na balada,

fazendo rodinha com baldinho de cachaça,
Pira quando a gente, chega na balada,
apavorando na área VIP reservada".


"As Mina Pira", esse é o hit do momento da Banda Garota Safada, repercutida por diversos grupos musicais por todo o Brasil. Mais bombando está, com a mesma música, é o vídeo de uma banda improvisada na comunidade quilombola, Conceição das Crioulas em Salgueiro, estado de Pernambuco.

Com  milhares compartilhamentos no facebook, apresento a Chapadinha e todo o Maranhão, dos Estudios Edu Santos Produções, Show na Casa de Taipa Eventos, a Banda Maguila dos Teclado e sua dançarina Sayonara. Assista abaixo  e curta esse mega sucesso ! 

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TRABALHO ESCRAVO E CAMILO FIGUEREDO, PENSE BEM!

Relação do trabalho escravo tem oito políticos, entre eles Camilo Figueiredo

Oito políticos, todos ruralistas, entraram na atualização do cadastro de empregadores flagrados com trabalho escravo, divulgada nesta sexta-feira (28). Mais conhecida como “lista suja” do trabalho escravo, a relação é mantida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR). Entre os destaques dessa atualização semestral estão as inclusões envolvendo propriedades dos deputados federais João Lyra (PSD-AL) e Urzeni Rocha (PSDB-RR), e do ex-ministro da Agricultura de Fernando Collor (1990-1992) Antônio Cabrera. Dos oito, quatro foram incluídos por causa de flagrantes de exploração de pessoas na pecuária, atividade econômica mais presente na atualização. A Repórter Brasil tentou contato com todos eles para ouvi-los sobre a inclusão após a divulgação da relação, no final desta sexta-feira, mas não obteve nenhum posicionamento.
Ao todo, foram incluídos 142 empregadores, entre novos e aqueles que retornaram à lista. Assim, o cadastro ficou com 504 nomes, um recorde. A relação vem sendo atualizada semestralmente, desde o final de 2003, e reúne empregadores flagrados pelo poder público na exploração de mão de obra em condições análogas à escravidão. A “lista suja” tem sido um dos principais instrumentos no combate a esse crime, através da pressão da opinião pública e da repressão econômica.
Após a inclusão do nome do infrator, instituições federais, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste e o BNDES suspendem a contratação de financiamentos e o acesso ao crédito. Bancos privados também estão proibidos de conceder crédito rural aos relacionados na lista por determinação do Conselho Monetário Nacional. Quem é nela inserido também é submetido a restrições comerciais e outros tipo de bloqueio de negócios por parte das empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo – cujo faturamento representa cerca de 30% do Produto Interno Bruto brasileiro.

Acima, deputado João Lyra. Abaixo, trabalhador resgatado em um de seus canaviais. Fotos: Divulgação/PSD e Divulgação/MPT

O nome de uma pessoa física ou jurídica é incluído na relação depois de concluído o processo administrativo referente à fiscalização dos auditores do governo federal e lá permanece por, pelo menos, dois anos. Durante esse período, o empregador deve garantir que regularizou os problemas e quitou suas pendências com o governo e os trabalhadores. Caso contrário, permanece na lista.
Lyra entrou na lista por causa da libertação de 207 trabalhadoresreduzidos à escravidão dos canaviais da unidade de Capinópolis (MG) da Laginha Agroindustrial, usina do Grupo João Lyra,  em agosto de 2010. Os trabalhadores migrantes foram resgatados em casas superlotadas, em péssimo estado de conservação, vivendo e trabalhando em condições degradantes.
A inclusão é consequência do segundo flagrante envolvendo o Grupo João Lyra. Em 2008, outros 53 trabalhadores tinham sido resgatados na usina Laginha de União dos Palmares (AL). No ano passado, a ação criminal decorrente dessa libertação chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Lyra e seu filho, Antônio José Pereira de Lyra, também considerado responsável pela situação, podem acabar presos pelo crime.
Não é o único problema envolvendo o deputado federal eleito em 2010 com o maior patrimônio declarado – R$ 240 milhões. Um dos políticos mais ricos do Nordeste, pai de Teresa Collor, viúva de Pedro Collor, ele tem enfrentado problemas frequentes. Recentemente, uma decisão do juiz Jasiel Ivo, da 9ª Vara do Trabalho, determinou que sete empresas do grupo, entre estas, a Laginha, ficassem impedidas de fazer contrataçõesenquanto problemas trabalhistas recorrentes não forem resolvidos. Seu grupo empresarial tem sede em Alagoas e possui ramificações na Bahia e em Minas Gerais. No total são dez empresas dos ramos da agroindústria sucroalcooleira e de fertilizantes e adubos, além de companhias dos setores automobilístico, de transportes aéreos e hospitalar. A assessoria do deputado ficou de se posicionar, o que não aconteceu até a publicação desta reportagem.
Ex-ministro de Fernando CollorAntônio Cabrera, ex-ministro da Agricultura do presidente Fernando Collor, passou a integrar a relação por conta da constatação da existência de 184 trabalhadores escravos em sua fazenda de cana em Limeira do Oeste (MG), em 2009. Cabrera, que também foi secretário estadual da Agricultura do governador tucano Mario Covas (1995-2001), produzia etanol em parceria com a empresa estadunidense Archer Daniels Midland (ADM). Segundo os fiscais do MTE, os empregados viviam em alojamentos precários e superlotados, chegaram a ser submetidos a jornadas de até 33 horas, estavam com suas carteiras de trabalho (CTPS) retidas pelo empregador havia mais de um mês, não tinham acesso à água potável, não dispunham de todos equipamentos de proteção individual (EPIs) exigidos, corriam riscos de acidentes e tinham de adquirir suas próprias ferramentas de trabalho, entre outras irregularidades.
Em entrevista à Repórter Brasil na época, o ex-ministro da Agricultura classificou a libertação de 184 de seus trabalhadores como “propaganda enganosa e mentirosa”. Segundo eles, os 46 autos de infração aplicados pelos fiscais da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE/MG) são questão de “interpretação”. “A legislação, às vezes, é vaga, subjetiva. Fica a critério de algum auditor interpretar a lei da maneira que ele acha que deve ser interpretada.” No ano anterior, alguns desses problemas já haviam sido encontrados pela fiscalização, e o próprio assinara um termo de compromisso em que prometia melhorar as condições de trabalho. Procurada no final desta sexta-feira, sua assessoria informou que ele estava em viagem e não poderia se posicionar.
PecuáriaO outro deputado federal que conta na lista suja atualizada é Urzeni Rocha (PSDB-RR). De acordo com denúncia do Ministério Público Federal de Roraima à Polícia Federal, entre setembro de 2009 e outubro de 2010 o parlamentar submeteu 26 trabalhadores à condição análoga à escravidão em sua fazenda de criação de gado no estado da região Norte. Além disso, teve áreas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Deputado Urzeni Rocha (PSDB/RR). Foto: Divulgação/PSDB

lém dele, mais três políticos integrantes da lista suja atualizada atuam no setor pecuário: o deputado estadual maranhense Camilo Figueiredo (PSD), o prefeito de Manaíra (PB) José Simão de Souza e o ex-prefeito de Iaçu (BA) Adelson Souza de Oliveira.
Figueiredo é um dos sócios da Líder Agropecuária Ltda., empresa da família em cuja fazenda em Codó (MA) foram resgatadas sete pessoas em condições análogas à de escravos, em março de 2012. Na fiscalização, uma ação conjunta da SRTE/MA, MPT e Polícia Federal, constatou-se, entre outras irregularidades, que a água consumida pelos trabalhadores era a mesma utilizada pelos animais da propriedade. Retirada de uma lagoa imunda, repleta de girinos, ela era acondicionada em pequenos potes de barro e consumida sem qualquer tratamento ou filtragem. Os empregados tomavam banho nessa lagoa, e, como não havia instalações sanitárias, utilizavam o mato como banheiro. De acordo com o auditor fiscal Carlos Henrique da Silveira Oliveira, que coordenou a ação, todos estavam submetidos às mesmas condições degradantes, incluindo as crianças pequenas. Os trabalhadores resgatados cuidavam da limpeza do pasto e ficavam alojados em barracos feitos com palha. Não tinham carteira de trabalho assinada e não contavam com nenhum equipamento de proteção individual.

Na fazenda do deputado estadual Camilo Figueiredo, crianças bebiam a mesma água utilizada por animais (Foto: SRTE/MA)

Em entrevista na época à Repórter Brasil, o deputado maranhense afirmou desconhecer as denúncias e disse que a fazenda era administrada por seu pai, Benedito Francisco da Silveira Figueiredo, o Biné Figueiredo, ex-prefeito de Codó. Biné, por sua vez, negou que fosse o administrador e alegou que não havia trabalhadores na propriedade, “apenas moradores”. Em 2009, Camilo Fugueiredo teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), por causa de irregularidades na arrecadação e gastos de recursos públicos. Assim mesmo, foi reeleito no ano seguinte.
O prefeito de Manaíra, José Simão de Souza, foi incluído na lista suja por conta de uma fiscalização realizada em 2010. Na ocasião, foram libertados 20 trabalhadores de uma fazenda sua em Colméia (TO). As vítimas realizavam o roço do pasto e a aplicação de agrotóxicos. De acordo com a denúncia, elas eram alojadas em ambiente com péssimas condições de higiene e não tinham água potável ou local apropriado para o preparo de refeições. Além disso, descontava-se do salário dos funcionários valores correspondentes à aquisição de produtos vendidos pelo preposto do próprio prefeito.
A denúncia contra Souza, no entanto, não foi aceita pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, pois, de acordo com o órgão, não houve comprovação de redução à condição análoga à escravidão. O Ministério Público Federal recorreu, alegando que não há “justa causa” para a rejeição da denúncia.
Já Adelson Souza de Oliveira passou a figurar na relação por causa de umflagrante de trabalho escravo de 2007, realizado em uma fazenda localizada no município de Novo Repartimento (PA). Os quatro trabalhadores resgatados de sua propriedade, que tinha 2.500 gados bovinos, eram um pai e três filhos – um deles, na época, com menos de 17 anos. Oliveira era o então prefeito de Iaçu, na Bahia. Segundo a equipe de fiscalização, os quatro empregados estavam alojados em barracões de lona no meio da mata, sem condições de segurança e higiene e sem água potável havia mais de um mês. As ferramentas de trabalho e os equipamentos de proteção individual estariam sendo descontados dos trabalhadores. À frente da Prefeitura de Iaçu entre 2005 e 2012, Oliveira teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios em 2005, 2007, 2008 e 2011. Todas, porém, foram aprovadas pela Câmara Municipal local.
Consta da lista suja também o nome de Joana de Aguiar Franco, proprietária da Fazenda Santa Cruz, em Porto Nacional (TO). Em março de 2010, foi uma das propriedades denunciadas por trabalho escravo pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Tocantins. A fiscalização foi realizada em 2008 e foi resgatado um trabalhador. Joana é viúva de Milton de Aguiar Franco (falecido em 2002), fundador da Federação da Agricultura do Tocantins e o segundo secretário da Agricultura do Estado, no governo Siqueira Campos. Procurado pela reportagem, a dona da Fazenda Santa Cruz disse que a denúncia “não vale nada” e afirmou que o caso ocorreu quando ainda não administrava a fazenda. Segundo Joana, o trabalhador resgatado trabalhava para um dos seus filhos, Marcos Antonio de Aguiar, no plantio de abacaxi.
Dendê e tomate
O dendê passou a fazer parte oficialmente da relação de atividades flagradas com trabalho escravo com a inclusão do vice-prefeito do município de Moju (PA), Altino Coelho Miranda (PSB). Também conhecido como Dedeco, ele foi flagrado duas vezes mantendo trabalhadores em condições análogas a de escravos em sua produção de dendê: uma vez em agosto de 2012, cujo resgate de dez funcionários o levou a constar da relação, e outra em 2007, que teve como consequência a libertação de 15 pessoas.
Já Zélio Debas, liderança do PPS no município de Reserva, no Paraná, entrou na lista suja devido a um resgate de cinco trabalhadores em uma fazenda de tomate localizada na cidade, em 2012. Ele é considerado pioneiro em usar tomates da Monsanto.

LISTA DO TRABALHO ESCRAVO DE GOIÁS

Repórter Brasil - Lista Suja do Trabalho Escravo



ProprietárioNome da propriedadeLocalizaçãoMunicípioEstadoCNPJ ou CPF ou CEI (apenas os números)Número de trabalhadores envolvidosRamo de atividade
Abimael Jesus MoreiraFazenda Rio Verde do Monte AltoZona RuralMineirosGoiás (GO)617714301681Extração mineral (areia)
Abner Jesus MoreiraFazenda Rio Verde do Monte AltoZona RuralMineirosGoiás (GO)013833010001042Extração mineral (areia)
Ademir FuruyaFazenda ArapongaRod. GO-164, km 313, mais 6 km à direita, zona ruralSão Miguel do AraguaiaGoiás (GO)3110733811511
Agrocana JFS LtdaAgrocana JFSRua Marilu da Silva 160 - ACeresGoiás (GO)0535149400017236Cultivo de cana-de-açúcar e fabricação de álcool
Alberto VilelaFazenda FaustinosZona RuralDoverlândiaGoiás (GO)292094981008Criação de bovinos e produção de carvão vegetal
Alfredo Caiado Paranhos FilhoFazenda TesourasRod. GO 334, km 35, zona rural de AraguapazAraguapazGoiás (GO)708565321348Produção de Carvão Vegetal
Antônio Joaquim DuarteÁgua Limpa do AraguaiaRod. GO-528, km 33JussaraGoiás (GO)0047615362029Produção de carvão vegetal
Antonio Sabino RodriguesFazenda São BentoRodovia GO-162, Km 13, 2 km à esquerdaPalmeiras de GoiásGoiás (GO)5425296266864
Argemiro Vicente Lopes JúniorFazenda Água FriaRod GO 010, km 97, 5 km, à direita, zona rural de VianópolisVianópolisGoiás (GO)2465905317214Desmatamento
Ariovaldo Vignoto PeresFazenda PaineirasRodovia BR-050, km 171, lote 03 - Zona RuralCampo Alegre de GoiásGoiás (GO)3888058090624Cultivo de cebola
Berc Etanol e Agricultura LtdaFazendas Funil e VeredasRod. BR 070, Km 426, zona rural de AragarçasAragarçasGoiás (GO)09064447000107143cana-de-açúcar
Cássio Garcia GuimarãesFazenda Santa Helena-FormosoGoiás (GO)890834156005Produção de carvão vegetal
Dilcelani Silva do PradoOlarias Lagoa BonitaRod. GO-206, km 114, zona ruralGouvelândiaGoiás (GO)985730801592Produção de tijolos
Edilson Lopes de AraújoOlaria Região Buriti AltoRod. GO-206, km 90, mais 32 km à direita (sentido Gouvelândia a Inaciolândia), zona ruralGouvelândiaGoiás (GO)967023704151Produção de tijolos
Edson Malaquias da SilvaOlaria Lagoa do CaracolRod GO-206, Km 90, mais 04 km à direita, Zona Rural de GouvelândiaGouvelândiaGoiás (GO)053950191383
Edson RagagninFazenda Pouso AlegreRod 070, Km 34, Zona Rural Montes Claros de GoiásMontes ClarosGoiás (GO)8687434910426Cultivo de soja
Elizete Pereira de FariaFazenda NovaKm 18 à esquerda da estrada Amaralina - MutonópolisAmaralina / MutunópolisGoiás (GO)537004491006Criação de bovinos para corte e produção de carvão vegetal
Francisco César CavalcanteFazendas Santa Cruz, Óregon, Areião, Crixazinho, Alegre Córrego Jatobá e Mutum-Santa Terezinha, Crixás e Campos VerdesGoiás (GO)0436846462169carvoarias
Genny Souza Oliveira-Zona RuralMara RosaGoiás (GO)6893276613412Produção de carvão
Green Ambiental Projetos e Execuções Ltda. MEFazenda Vale do SonhoZona rural de ParaúnaMontividiuGoiás (GO)0339917300011210Reflorestamento e extração de madeira
Idércio Lemes do PradoOlaria Lagoa BonitaRod GO-206, Km 114, segunda entrada à direita, Zona Rural de GouvelândiaGouvelândiaGoiás (GO)088484321153
Inácio Pereira NevesFazenda Dois CórregosRod GO-156, Km 12CrixásGoiás (GO)013185861009Produção de Carvão Vegetal
Jairo Luiz AlvesFazenda RanchariaRod. GO-244, km 50, sentido São Miguel-Novo Planalto, zona ruralNovo PlanaltoGoiás (GO)035734866495Produção de carvão vegetal
João Emídio VazFazenda Santa MariaRodovia GO 050, km 17TrindadeGoiás (GO)0253029511565Cultivo de sementes de capim para criação de bovinos
Joaquim Gonçalves RodriguesOlaria na região de Buriti AltoRodovia GO 206, saída à altura do km 90GouvelândiaGoiás (GO)025150321689Produção de tijolos
José Essado NetoFazenda Barra do CapoeirãoZona RuralBrazabrantesGoiás (GO)015866531720Cultivo de tomate
Lourival Gabriel de OliveiraFazenda Barreiro Pretozona rural de AnicunsAnicunsGoiás (GO)115856218722Corte de eucalipto
Luiz César Costa MonteiroFazenda Santa InêsZona RuralTrindadeGoiás (GO)31983316172151Cultivo de tomate
Manoel DinizOlarias Lagoa BonitaRodovia GO-206, km 114, à direita na segunda entrada para a Usina São Francisco, mais 22 km à direitaGouvelândiaGoiás (GO)167384381688Produção de tijolos
Márcio Adriano Pereira da SilvaOlaria Lagoa Buriti AltoRod. GO-206, km 90, mais 32 km à direita, Zona RuralGouvelândiaGoiás (GO)822613851539Produção de tijolos
Márcio Pedro de SouzaFazenda Três PilõesZona RuralMineirosGoiás (GO)012888731154Criação de bovinos
Marcos de Moura HenriqueOlarias Buriti AltoRodovia GO-206, km 90GouvelândiaGoiás (GO)564044096158Produção de tijolos
Marcos Roberto Pereira da SilvaOlarias Buriti AltoRodovia GO-206, km 90GouvelândiaGoiás (GO)849174826154Produção de tijolos
Mário de Pinho CostaFazenda HPRod. BR 414, km 175, zona rural de Vila PropícioVila PropícioGoiás (GO)3571381044Pecuária
Onivaldo de Oliveira ParacatuOlaria Região Buriti AltoRod. GO-206, km 90, mais 32 km à direita (sentido Gouvelândia a Inaciolândia), zona ruralGouvelândiaGoiás (GO)450490501974Produção de tijolos
Renato Rodrigues da CostaFazenda ChaparralRod. GO-173, Zona RuralBritâniaGoiás (GO)4975438615317Produção de carvão vegetal
Renato Sérgio de Moura HenriqueOlarias nas Fazendas Lagoa Bonita e BruacaSão Francisco, zona ruralGouvelândiaGoiás (GO)989028061207Produção de tijolos
Reniuton Souza de MoraesFazenda Olho D´água-Monte Alegre de GoiásGoiás (GO)248452561345Produção de carvão vegetal
Sebastião Ribeiro do PradoOlaria na região de CaracolRodovia GO 206, saída à altura do km 90GouvelândiaGoiás (GO)488622826723Produção de tijolos
Selson Alves NetoFazenda BandeirantesRodovia GO - 040, Km 08, Zona RuralGoiatubaGoiás (GO)1599497069732Cultivo de cana-de-açúcar
Selson Alves NettoFazenda BandeirantesRod. GO-040, km 08, zona ruralGoiatubaGoiás (GO)1599497069715
Sílvio da SilvaOlaria na região de Lagoa BonitaRodovia GO 206, saída à altura do km 114GouvelândiaGoiás (GO)868043911874Produção de tijolos
Sinomar Pereira de FreitasFazenda AguapéZona RuralMairipotabaGoiás (GO)0613069013465Cultivo de sementes de capim
Thiago Neiva HonoratoFazenda João LuizZona RuralMonte Alegre de GoiásGoiás (GO)003308741523criação de bovino
Transportadora M G Ltda. MEFazenda Ribeirão GrandeRod. GO-178, km 28, mais 25 km à direita, sentido Itarumã-Itajá, zona ruralItajáGoiás (GO)2271526200025619Produção de carvão vegetal
Vicente Pereira de Souza NetoFazenda SantanaRod. GO-330, Zona RuralVianópolisGoiás (GO)1715035364921Cultivo de batata
Welson Albuquerque Ribeiro BorgesFazenda Santa Rita da EstalagemZona RuralVianópolisGoiás (GO)4489357419116Reflorestamento e extração de madeira (eucalipto)