terça-feira, 12 de agosto de 2014

R$ 20 MIL POR DIA É O QUE RENDE UM PONTO DE DROGAS NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Segundo informações do delegado da Diju, um ponto de drogas na cidade pode arrecadar até R$ 20 mil por dia


Adolescentes de São José dos Campos podem ganhar até R$ 300 por dia em serviços relacionados com o tráfico de drogas.
A informação é do titular da Diju (Delegacia de Infância e Juventude) da cidade, Fábio de Carvalho Joaquim.
Um único ponto de drogas consegue levantar no município cerca de R$ 20 mil em 24 horas. Em um mês, caso tudo dê ‘certo’, a ‘boca’ renderia R$ 600 mil, mais do que suficientes para manter adolescentes com ‘salários’ de até R$ 9.000.
“Um único ponto vende 2.000 pinos só de cocaína em um dia, cobrando, em média, R$ 10 por cada. Quem acha que é muito não imagina como tem viciados. Não é só em São José. É em qualquer lugar”, disse o delegado.
Segundo ele, nem sempre o jovem está comprometido com consumo de drogas. “O dinheiro seduz muito mais”.
Falta, na opinião do delegado, políticas públicas e atenção por parte dos pais. “O jovem que não trabalha nem estuda está fazendo o quê? É muito comum serem apreendidos com camisa Nike legítima e com tênis de R$ 600. Aí, você pergunta para os pais: você não desconfiou de onde estava saindo este dinheiro? Eles sequer sabem como responder”.

Defensoria. Para o defensor público de São José Yanko Oliveira de Carvalho Bruno, é preciso desmantelar toda a estrutura do tráfico de drogas.
“Falta trabalhar com inteligência. Os adolescentes são pegos em massa na ponta da cadeia e, no mesmo dia, substituídos por outros. Aí, fica como se estivessem enxugando gelo. E a cadeia em si nunca é quebrada.”
O delegado da Diju conta que as apreensões de jovens dobraram nos últimos dois anos. “A média mensal em 2012 ficava em 35, 40 e hoje oscila entre 80 e 90. A maior parte dos casos tem a ver com tráfico ou com roubo”.
A custódia da Diju, onde estão as celas dos adolescentes, tem capacidade para 20 jovens e, na noite da última quinta-feira, mantinha 19.
Como ali os adolescentes apenas esperam pelo encaminhamento à Fundação Casa ou pela apresentação à Justiça, a rotatividade vem evitado a superlotação.

Fundação Casa. A exemplo do que acontece no sistema carcerário de adultos, a Fundação Casa está com mais internos do que sua capacidade máxima. Anteontem, o Ministério Público ajuizou ação para que a instituição ofereça 908 vagas a mais no litoral e no interior, em seis meses.
No Vale, seriam necessárias mais 43. Criado para abrigar 320 internos, o sistema da região, com cinco unidades, mantinha 363 em abril, ainda de acordo com a Promotoria Pública. Em todo o estado, estão sendo exigidos 1.598 lugares.

Saiba mais

Salário do tráfico
Um adolescente recebe do tráfico na cidade entre R$ 250,00 e R$ 300,00 por dia

Valor mensal
Em 30 dias, o valor poderia alcançar R$ 9 mil

Lucro
Um ponto de drogas é hoje capaz de vender dois mil pinos de cocaína por R$ 10 em um dia, chegando a até 20 mil

Apreensões
A média mensal de apreensões na Diju, de 2012 para 2014, dobrou de 40 para 80


Mães reclamam de falta de estrutura
As ausências de lugar adequado para refeições, de banho de sol e de camas na custódia da Diju (Delegacia da Infância e Juventude) de São José são alvos de reclamações. “A comida é de qualidade. Faltaram alguns colchões, mas já equacionamos. Não tem banho de sol, mas eles ficam no máximo cinco dias”, diz o delegado, Fábio de Carvalho Joaquim.

ATENÇÃO CALDAS NOVAS: AMANHÃ VAI FALTAR ÁGUA

O DEMAE comunica que devido ao serviço de interligação do sistema novo na estação de tratamento de água, o abastecimento será suspenso nesta QUARTA-FEIRA, (13), das 8hs as 20hs nos seguintes setores: Turista 1 e 2, Village, Canaã, Pite, Chácaras Itapema, parte alta do Santa Efigênia, Serrinha, Esmeralda, parte alta do Parque das Brisas, Recanto da Serra, parte alta do Caldas do Oeste, parte do Jequitimar e Jardim Vitória.

Assim que terminar o serviço na interligação da ETA, o abastecimento deve ser normalizado.

Corpo de adolescente é encontrado com marcas de tiro na cabeça

Um adolescente de 15 anos foi encontrado morto com quatro perfurações na cabeça, na rodovia MGC 259, próximo ao distrito de Santo Antônio do Pontal, em Valadares. O corpo de Emanuel Martins Gonçalves foi encontrado por transeuntes às margens da rodovia.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, algumas pessoas relataram que estavam indo para o trabalho quando avistaram o corpo às margens da rodovia, na entrada da estação de tratamento de madeira. Eles perceberam que o corpo estava ensangüentado e com perfurações na cabeça. Diante da situação, foram até uma fazenda e pediram para ligar para a polícia.
O local foi isolado e a perícia acionada. O perito relatou que o adolescente estava sem documentos pessoais. O corpo estava com quatro perfurações na cabeça. Ele foi encaminhado ao Posto de Perícia Integrada (PPI) e identificado horas depois por familiares. O Grupo Integrado de Intervenção Estratégica (GIIE) continua os levantamentos para tentar identificar a autoria e a motivação do crime.
FONTE:  http://www.drd.com.br

DEPUTADO ALIADO DE MARCONI É INVESTIGADO PELA POLÍCIA

Em entrevista ao Jornal Opção, o deputado estadual Talles Barreto (PTB) falou sobre seu vínculo com os investigados na Operação Tarja Preta, suspeitos de desviarem recursos públicos destinados à compra de medicamentos.
Segundo o deputado, além da proximidade com os prefeitos da região do Vale do São Patrício, ele intermediou um diálogo entre Edilberto César Borges e o secretario estadual Antônio Faleiros, para saber sobre um débito do Estado com o suspeito.
“No dia 20 [de fevereiro], tinha o Vapt Vupt Empresarial, e eu acredito que seja isso, eu despachei de lá mesmo, não com o governador [Marconi Perillo], mas com o Faleiros [Antônio Faleiros, secretário Estadual de Saúde], e perguntei daqueles valores que estavam lá, se haveria informações, condições, sobre se a empresa ia receber ou não essa dívida,” disse o deputado.
Talles negou qualquer participação no esquema ilegal na venda de medicamentos e disse não ter, sequer, conhecimento sobre o assunto.
O deputado admitiu ainda a proximidade profissional com Walber Miranda de Castro, cunhado do Edilberto, e seu ex-chefe de gabinete na Agência Goiana de Esporte e Lazer, atual funcionário da Junta Comercial do Estado de Goiás por indicação do petebista.
Confira, na íntegra, a entrevista do deputado ao Jornal Opção:
Em um dos trechos transcritos que foram vazados nesta quinta-feira Edilberto César, representante da J. Médica, diz a alguém que o senhor é um “parceiro” dele. O Ministério Público de Goiás aponta no inquérito que o senhor teria feito ao menos dois telefonemas do seu número pessoal a ele. Qual é a relação do senhor com o homem suspeito de liderar o esquema investigado pela Operação Tarja Preta? De onde e desde quando o conhece?
Quero esclarecer primeiro, que eu sou filho do Vale do São Patrício, e na eleição passada eu tive uma votação positiva lá dentro, e a gente que está no gabinete recebe pessoas que nos procuram para buscar algumas ajudas. Quero deixar bem claro aqui, esclarecer: nunca participei, nunca encaminhei, nunca participei de doação de campanha através da J. Médica. Realmente, no período eleitoral, alguns empresários buscam os deputados que têm alguma representatividade na região. Nessa operação, três prefeitos que pertencem à minha região foram apontados como suspeitos. Esse senhor Edilberto esteve no meu gabinete se oferecendo para ajudar alguns prefeitos, e dentre esses prefeitos, os três da minha região. Até porque ele foi bem prático, alegando que naquela região tem uma empresa de medicamentos, a Biomédica, na época, que muitas vezes eles venciam as licitações, mas tinham dificuldades em receber. Isso é fato. O que ele julga, na realidade, como parceiro e deve ter ajudado a se chegar a essa interpretação, é que o recebi para que falasse dessa questão. Se ele os ajudou, se é que realmente ajudou, se foi por financiamento de campanha, empréstimo, eu não posso afirmar, mas ele deve ter ajudado alguns prefeitos, entre eles os meus. Então, talvez, essa relação seja por isso. Mas eu não tenho relação de amizade ou parceria com o senhor Edilberto.


Na transcrição o Edilberto César aparece como cunhado do Walber Miranda de Castro, o Baiano, indicado pelo senhor para um cargo na Juceg [Junta Comercial do Estado de Goiás], e que também é citado como ex-chefe de gabinete do senhor...
Não é, não é.


Mas está assim nas transcrições.
Acho que tem um erro nessa transcrição. O cunhado ele é outra pessoa, e o Ministério Público errou nisso aí. É o Walber, que é ex-chefe de gabinete enquanto estive na Agel [Agência Goiana de Esporte e Lazer]. Ele nunca assumiu cargo de assessor no meu gabinete.


Em outro trecho o senhor fala diretamente ao Edilberto César que foi ao “Palácio”, isso no dia 21 de fevereiro deste ano, e que teria despachado com “o homem”, sem falar em nomes. Quem é essa pessoa e por que o senhor teve esse cuidado de não expô-la ao falar por telefone com o representante da J. Médica?
Me deixa explicar detalhadamente. O Edilberto esteve lá no meu gabinete, e ele disse ter ajudado alguns prefeitos. Agora [enfático], quero antes de dar continuidade à resposta, ressaltar que não participei de nenhum tipo de ajuda. Nunca sentei com esses prefeitos para falar dessas ajudas. Não sei se ele [Edilberto César] ajudou emprestando dinheiro, se foi por dentro ou por fora. Eu não tive qualquer contato nesse sentido e nem presenciei. Estou afirmando isso. Voltando à pergunta, ele julgou que, a partir desse apoio dele com os prefeitos, que eu, como representante daquela região, poderia ajudá-lo. E disse: “Talles, eu gostaria que você buscasse algumas informações”. Porque penso eu que, ele tem uma vida, um histórico, na vida empresarial. Nesse dia da transcrição ele me questiona, e eu devolvo uma informação, porque ele me deixou uns documentos, com alguns valores da empresa dele, para eu buscar informações sobre a possibilidade de ele receber essas dívidas que o Estado tem com ele. No dia 20 [de fevereiro], tinha o Vapt Vupt Empresarial, e eu acredito que seja isso, eu despachei de lá mesmo, não com o governador [Marconi Perillo], mas com o Faleiros [Antonio Faleiros, secretário Estadual de Saúde], e perguntei daqueles valores que estavam lá, se haveria informações, condições, sobre se a empresa ia receber ou não essa dívida. Essa dívida, inclusive, é coisa antiga, do governo Alcides, acho que de 2005, 2006. Não sei direito. E aí o Faleiros alegou que esses pagamentos estavam ocorrendo cronologicamente, mas de acordo com o repasse que as prefeituras faziam. Então, na realidade, ele [Edilberto César] me pediu para buscar informação se vai sair, se vai pagar, se não vai pagar.
Na verdade eu quero citar isso também, que na verdade, isso é coisa de jogo político, eu sei que é um jogo político o que estão fazendo comigo. Porque se houvesse qualquer coisa contra mim, o primeiro a me procurar para prestar esclarecimentos seria o Ministério Público. Todas essas cidades que tenho não as visitei menos de 30 vezes esse ano. E eu nunca estive em secretaria de saúde, em licitação do município. Minhas visitas foram todas institucionais, como deputado. Se houve fraude em relação a essa empresa, a J. Médica, não tem como eu saber, é impossível.


Em um trecho da gravação em que o senhor está do outro lado da linha, é feita uma referência a um “senhor em situação caótica”, mas que foi “companheiro”, “parceiro”, e no decorrer dessa conversa o senhor mesmo diz que não dá para falar a respeito daquele assunto por telefone. Qual o contexto dessa conversa e por que a preocupação com a questão de ser por telefone?
Mas é isso que eu já falei. Quando eu conversei com o Antônio Faleiros, é o mesmo assunto. Eu justifiquei para ele, o seguinte, eu disse: “Faleiros, ele [Edilberto César] ajudou alguns prefeitos da minha região”. Agora, se perguntarem para mim, novamente, digo: “Ele [Edilberto César] afirmou para mim que ajudou alguns prefeitos, e esses prefeitos teriam alguns débitos do governo Alcides, e queria buscar informações se haveria pagamentos ou não. E o Faleiros foi muito claro comigo. Haveria sim a possibilidade de pagar alguma coisa, mas de acordo com o repasse do município para a Secretaria Estadual de Saúde. Foi essa a informação, porque na realidade, o cara também fica enchendo o saco da gente. “Tem condições, vai me pagar, e tal”. Ai falo: “Meu amigo, isso acontece. É normal”. Não tem jeito, o tempo todo tem pessoas procurando a gente em busca de informações.


E tudo isso começou com a ida do Idalberto César ao gabinete do senhor em busca desse tipo de apoio?
Exatamente. Ele foi lá me apresentar essa relação de fornecimento ao Estado que não tem nada a ver com a Operação Tarja Preta. Zero [enfático]. Ele foi buscar informações sobre valores o recebimento dos valores de 2005 para frente. O que ele queria saber era se haveria a possibilidade de receber. Sabe o que penso que motivou esse contado comigo, é que o Idalberto fez um investimento, e estava precisando desse dinheiro. Independente de qualquer coisa, é inerente a mim. Eu não participo, eu não tenho nenhum um tipo de fala com prefeitos ou secretários sobre licitação qualquer que seja. Não existe. A única fala que eu vi, e que trata de um convênio. Passamos as emendas que nós parlamentares temos o direito de passar. Por exemplo, eu arrumei para o Glimar [do Prado, do PP, prefeito de Uruana] R$ 150 mil para comprar um caminhão; para o Janduhy [Diniz Vieira Filho, do PSDB, prefeito de Rialma] eu ajudei na construção do Parque Industrial; em Carmo do Rio Verde [prefeito Delson José Santos, do PSDB] eu arrumei R$ 150 mil para poder comprar um loteamento para o programa Minha Casa, Minha Vida. Esses convênios estão todos estabelecidos. E eu quero enfatizar aqui, que esses prefeitos, eu tenho um respeito muito grande pela história de vida deles. O Janduhy é um empresário grande, dono da Saborelle, um homem muito correto em suas coisas; o Delson é um advogado com muito respeito na região do Vale do São Patrício, e indiscutivelmente, o próprio Glimar, de Uruana, que tem uma relação muito forte como empresário também, muito querido dentro da Igreja Católica, é maçom, é uma pessoa muito quista.
Eu não li todo o relatório, até pelas minhas dificuldades por conta da cirurgia, mas falo tranquilamente que são pessoas do bem. Não tenho dúvidas disso. Eu não posso afirmar nessa situação se houve ou não irregularidades porque eu não tive qualquer conhecimento sobre essas questões da investigação. Minha relação com esses prefeitos sempre foi a de deputado que representa esses municípios. A minha ligação é a de estar ajudando de forma que esses municípios nunca foram ajudados há muito tempo porque não tinham representatividade política nenhuma. Eu faço isso como filho do Vale do São Patrício. Por exemplo, essa própria J. Médica, que eu não sabia e continuo sem saber ao certo, investiu lá em Araguapaz. Eu apoiei o candidato que não foi eleito, que foi o “Bigode” [Osmar Divino Ferreira da Silva, do PTB], e o prefeito que venceu [Fausto Brito Luciano, PSDB] é que foi preso. Eu não posso afirmar nada. Ou seja, é uma situação que eu não tenho, como posso dizer... Estamos em uma campanha, visitei mais de 50 cidades. Chega o indivíduo que diz ter ajudado um de seus prefeitos. Agora, eu não tenho nenhuma afirmação, que eu participei, que eu falei isso ou aquilo. Não existe. Isso tem que ficar bem claro.


E quando veio à tona o escândalo da Operação Miqueias, com a citação do nome do deputado Samuel Belchior (PMDB), o senhor foi um dos defensores da instalação da CPI dos Fundos de Previdência. Agora o senhor também tem o seu nome envolvido em uma investigação, com o consequente desgaste que isso causa. Como que fica o clima na Assembleia Legislativa para a instalação dessa comissão ou de uma outra sobre a Tarja Preta, por exemplo. Será que a oposição também não vai ter motivos para usar isso contra o senhor e a base?
Primeiramente, eu não tive mandado de busca e apreensão em minha casa. Não fui relacionado no inquérito [pausa]. Não nego que esses prefeitos são meus aliados políticos. Hoje, além deles, eu tenho mais 20 prefeitos comigo que não estão relacionados a esta investigação. Agora, o Samuel, já tinha avisado que o jogo era esse. O processo político é esse. Quem tem que responder para a Polícia Federal, é ele. E falo aqui, quero enfatizar, quem que tem que justificar para a Polícia Federal é ele, a participação, o histórico das denúncias que foram feitas. Então, se, e principalmente, o grupo do PMDB, da oposição, quiser assimilar qualquer situação minha com essa operação, de certa forma existe diferenças muito grandes. E pontuo: Qual que é a relação... Olha só, não me pediram para prestar esclarecimentos. Por que que não pediram? Eu acredito nisso. Eu sou filho de uma procuradora da República, minha esposa é procuradora do Ministério Público do Trabalho. Até pela fala de alguns jornais, a operação não tem, de todas aquelas mais de 100 pessoas ouvidas, que seja os secretários, os prefeitos, os funcionários, nunca teve na operação, na empresa, no escritório de advocacia, nunca teve uma fala minha referente a isso. As pessoas confundem as coisas. Não tem relação comigo nessa operação, mas com três prefeitos ligados a mim na minha região. Quer dizer, eles não estão falando das outras cidades. Quem apoia tal cidade, tal partido? Isso está muito transparente. Na realidade, como houve, sem a minha participação, como ajuda do senhor Edilberto a prefeitos da minha região, que eu não estive presente, não sei sobre valores, nem se foi dado mesmo. Quando se está em um processo eleitoral, você corre. As ajudas que dei aos municípios que apoio foi subir no palanque e discursar. No máximo ajudei a comprar santinhos. Agora o jogo é esse. O Samuel quer esse jogo. Eu sei que é esse o jogo. Ele já havia avisado que o jogo é querer abafar uma situação dele tentando relacionar o meu caso com o dele, que é totalmente distinto. 
Fonte: http://diariodegoias.com.br

FILHO DE RATINHO SERÁ PROCESSADO

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou, nesta terça-feira (12), denúncia contra o deputado federal Ratinho Júnior (PSC-PR) por suposta omissão de dados na prestação de contas de sua campanha ao cargo de deputado estadual no Paraná, em 2002. Com isso, o inquérito (3345) vai ser reautuado como ação penal. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), os indícios iniciais de irregularidades surgiram a partir da movimentação de recursos pelo empresário Alberto Sabino.
Foi constatada uma doação de R$ 80 mil (em dinheiro vivo) supostamente feita pelo pai do candidato, o apresentador de TV Ratinho, na mesma data em que Sabino sacou, em espécie, a mesma quantia de uma conta no Banco Bradesco. A investigação apontou o envolvimento de Sabino com a campanha, para a qual teriam sido destinados recursos que não pertenciam aos titulares das contas correntes em que estavam depositados.
A defesa do parlamentar alegou que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná aprovou a prestação de contas da campanha. Relator do caso no STF, o ministro Marco Aurélio Mello observou que “alguns depoentes confirmaram ter realizado movimentação em suas contas bancárias para pagamento de despesas da campanha”. Então,  ele concluiu que  “esses valores deixaram de entrar na conta da campanha propriamente dita, na conta oficial do candidato, e teriam, assim, sido omitidos na prestação de contas”.
Cícero Lucena
Também hoje, a primeira turma do STF rejeitou denúncia contra o senador Cícero Lucena (PSDB-PB), acusado de utilização indevida de recursos federais quando prefeito de João Pessoa (PB). Assim, o inquérito 3719 foi arquivado. Para a maioria dos ministros, os elementos apontados pelo Ministério Público não eram suficientes para abertura de uma ação penal.
Fonte: Congresso em foco

SURGEM NOVAS DENUNCIAS CONTRA AÉCIO

Não param de alçar vôos novas denúncias envolvendo Aécio Neves por conta da construção do Aeroporto de Cláudio/MG, quando o tucano governou Minas Gerais e fez esta obra em terra de familiares.
Logo após a primeira acusação publicada, foi descoberto que o município de Montezuma, também em Minas, com pouco mais de 7 mil habitantes, recebeu obras para que o aeroporto local fosse adaptado para receber jatinhos, construído pelo governador que dá asas.
Apesar da região não precisar de investimentos desse tipo, Aécio liberou as verbas para as reformas.
Mas eis que, segundo o Tijolaço, a obra beneficia, diretamente, os negócios da família Neves Cunha:
“Mas tem, também, a Perfil Agropecuária e Florestal, empresa de Aécio Neves e de sua irmã, Andréa Neves, da qual já eram sócios e, agora, herdeiros de seu pai, o ex-deputado Aécio Cunha…”
Para completar, a Entrefatos apurou que a fazenda do tio de Aécio, onde foi construído o aeroporto de Cláudio já foi flagrada por trabalho escravo.
Diria que ninguém deve estar mais feliz com esta sequência de acontecimentos, que levam para as cordas o candidato tucano, Aécio, do que José Serra.  Será que tem mão do tucanato paulista na divulgação destas graves denúncias?
Não custa lembrar, que a Folha de São Paulo é uma das várias empresas favorecidas pela política do governo de São Paulo com farta distribuição de verbas publicitárias e assinaturas de jornais e revistas para escolas públicas estaduais.
Uma mão lava a outra?
Aécio não é vítima destas denúncias, pelo contrário. O povo mineiro e os trabalhadores escravizados pela família de um governador, estes sim, são os verdadeiros prejudicados.
Parece haver uma guerra interna no PSDB, feridas não cicatrizadas de 2010?
Confira a matéria da Entrefatos:
Fazenda de tio de Aécio já foi flagrada com trabalho análogo à escravidão
Oitenta trabalhadores em destilaria da família Tolentino foram resgatados, em 2009, em área ao lado do aeroporto construído por Aécio
Múcio Guimarães Tolentino, 88 anos, é tio-avô de Aécio Neves. Ex-prefeito da cidade de Cláudio, no interior de Minas Gerais, é dono da fazenda Santa Isabel, que o governo mineiro, em 2010 – então sob a gestão do sobrinho -, escolheu desapropriar uma parcela para construir um aeroporto a um custo de R$ 14 milhões. Segundo a Folha de S.Paulo publicou, o acesso à pista, embora seja pública, é controlado pela família Tolentino.
O caso revelado até agora pela “Folha” já demonstra que Cláudio pode ser um grande problema para a campanha de Aécio Neves, mas a “ficha corrida” da fazenda Santa Isabel e as relações entre os Tolentino e o ex-governador do Estado trazem outros elementos, que rescendem a uma mistura entre o público e o privado e remontam a tristes lembranças da herança escravocrata que ajudou a consolidar relações de poder no estado mineiro.
Apoio à família
Em 2005, a Destilaria Alpha, que tinha como representante legal Marcelo de Campos Tolentino, contou com apoio direto do governador para reativar sua atividade industrial de produção de álcool combustível. Consta do Diário Oficial do Estado de Minas, em 28 de setembro de 2005, protocolo de intenções entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais com assinatura do próprio governador Aécio Neves, que previa “viabilizar a reativação da Alpha, de sua unidade industrial localizada no município de Cláudio (MG), destinada à produção de álcool combustível hidratado”.
O documento previa a possibilidade de empréstimos à Destilaria Alpha. O representante legal da empresa foi Marcelo de Campos Tolentino, que embora com telefone e residência na capital Belo Horizonte, tem raízes na cidade de Cláudio. O empresário já contribuiu com campanha eleitoral de Aécio, tendo doado R$ 1 mil na sua primeira eleição para governador, em 2002. Já Marina Tolentino ocupou o cargo de diretora financeira na Alpha Destilaria.
Ministério flagra trabalho análogo à escravidão
Quatro anos depois, a mesma empresa que fora reativada com a ajuda do governador, foi flagrada com trabalhadores em situação análoga à escravidão. Fiscalização do MTE resgatou 80 deles nas fazendas Santa Isabel e Santo Antônio. A notícia, à época, não ganhou as manchetes dos jornais.
Em junho de 2013, a Alpha passou a figurar no cadastro de empregadores flagrados com mão de obra análoga à de escravo, a chamada “lista suja” do Ministério do Trabalho. Fazer parte dessa lista impede, por exemplo, que empresas contratem empréstimos junto a bancos públicos federais ou que possam fornecer produtos para mais de 400 empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, com a Petrobras.
Cachaça envelhecida na fazenda da Mata, o “palácio de Versalhes” de Aécio
Nem só de álcool vive o emaranhado político-econômico dos Tolentino. Além de outras atividades que demonstram como Cláudio tem no clã uma de suas famílias mais poderosas (com ex-prefeitos, vereadores, deputados e até um governador no seu histórico de relações com o poder), os Tolentino produzem a cachaça Mingote, que tem como sócio Tancredo Tolentino, filho de Múcio.
Tancredo Tolentino, o “Kedo”, primo de Aécio, foi acusado de integrar uma quadrilha de venda de decisões judiciais, desbaratada pela Polícia Federal em 2011. Foi acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa. Apesar de tal retrospecto – ou por conta disso, já que ocupando cargo público poderia ter mais facilidade de enfrentar ações judiciais – Kedo  também já tentou ser candidato a prefeito da cidade, e teve seu registro impugnado.
Outro Tolentino que parece ligado ao negócio de álcool e cana-de-açúcar é Claudio Tolentino, vereador na cidade.  Um telefone em nome da Destilaria Alpha remete a seu escritório.
cachaça Mingote, cujo nome legal é “Tolentino & Tolentino LTDA.”, já assinou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Trabalho por empregar menores de idade, em 2011.
Segundo divulgado em fóruns e sites do mercado de cachaça artesanal (clique aqui eaqui e veja dois exemplos), a Mingote – ou apenas uma parte de sua produção – é envelhecida na fazenda da Mata, na qual Aécio passa finais de semana e onde mantém o cavalo Ofegante e um fusca azul 1964.
A história da produção em Cláudio começou, segundo os Tolentino informam no site da cachaça Mingote, com um engenho na própria fazenda da Mata, no século XIX quando os irmãos “Quinca Barão” (Joaquim da Silva Guimarães) e Domingos da Silva Guimarães, o “Mingote” deram início à ocupação e desenvolvimento de Cláudio.
A pinga da família de Aécio Neves é tradicional, e o senador, ao que tudo indica, um entusiasta.  Ele é um garoto-propaganda da cachaça Mingote, produzida por Tancredo, Múcio e outros Tolentinos. No site da empresa, mostra-se o desvelo com a versão “Governador’, “cachaça não-comercializada, reserva pessoal, estocada em tonel de amendoim e registrada em homenagem ao ex-governador Aécio Neves”. Segundo informam os donos da cachaça Mingote, a versão Governador é usada para “presentear amigos e visitantes de outras regiões e do exterior”, sendo engarrafada “em louça de primeira qualidade”.
Múcio, o “Paca”, tem também a versão em sua homenagem, embora com menos refinamento. “Cachaça com dois anos de descanso em Jequitiba, suave com pouca coloração”, afirma a família Tolentino na descrição do produto.
Há também a versão do Cruzeiro, clube que tinha como presidente Zezé Perrella, aliado de Aécio Neves. Zezé é aquele cuja família teve um helicóptero apreendido com 400 quilos de cocaína em novembro do ano passado.
Fonte: 

Palavras Diversas