quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Corte Interamericana condena Brasil e exige ação urgente em Pedrinhas

A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil e determinou que o país proteja, de forma urgente, a vida e a integridade física dos presos, familiares e trabalhadores do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão. Para a Corte, a situação é de “extrema gravidade”. A decisão foi informada nessa quarta-feira (19) por entidades civis que representaram o governo brasileiro na OEA (Organização dos Estados Americanos). Com a medida, o país está obrigado a adotar “todas as medidas necessárias para proteger os presos, agentes penitenciários, funcionários e visitantes”; a “manter os representantes dos presos informados sobre as medidas adotadas” e a “informar a Corte Interamericana a cada três meses, através de relatório, sobre a aplicação da medida provisória”. Essa não é a primeira decisão da Corte no sentido de exigir que o Brasil implemente medidas no Complexo de Pedrinhas. Em dezembro de 2013, o país foi reprendido por meio de medida cautelar pedindo “ações concretas para conter a onda de violência no complexo”. Como o Estado não cumpriu o que foi recomendado, agora foi condenado e sofre um dano diplomático significativo no que se refere à garantia dos direitos humanos. Na época da recomendação, o Estado do Maranhão decretou emergência no sistema prisional e a Força Nacional passou a controlar as unidades com a Polícia Militar. Em 2013, 60 presos foram mortos. Neste ano já foram 19 assassinatos dentro do complexo. Há um mês, o UOL revelou em reportagem que, dez meses após crise estourada em janeiro, a situação no presídio pouco mudou no complexo. Os presos continuam agindo dentro do CDP (Centro de Detenção Provisória), onde dez detentos fizeram uma festa com direito a pagode e churrasco. Dano diplomático e econômico A pedido do UOL, o advogado e professor de direito estrangeiro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Marcos Guerra analisou a decisão e explicou que, por ser um medida provisória, se trata de uma condenação preliminar, que “tem de ser cumprida imediatamente para proteger o direito que está na iminência de ser descumprido”. “Essa decisão quer dizer que a Corte ainda não analisou o mérito, mas já viu e determinou que cessem imediatamente as violações ao direito”, explicou. Para Guerra, condenações em Cortes internacionais prejudicam a imagem do país no exterior. “Como não há polícia, as punições em tribunais internacionais não servem pra nada. Mas é um grave dano à imagem do país, um dano diplomático que pode ter consequências econômicas. Algumas empresas têm código de boas condutas que impedem que elas trabalhem em países que não respeitam os direitos humanos. As consequências não são do tribunal em si, mas fora dele”, explicou. A decisão Segundo a decisão da Corte, “é evidente que ainda há uma situação de danos irreparáveis extremamente grave, urgente, de possível risco de direitos à vida e à integridade pessoal dos internos de Pedrinhas e das pessoas presentes”. A sentença ainda afirma que “em particular, a gravidade extrema do risco está derivada da informação, desde que os Estados que têm ocorrido dezenas de assassinatos, vários atos de violência, como a rebelião, a agressão entre reclusos e por funcionários contra os internos, ameaças de morte, tortura e tratamento cruel, repetidas tentativas de fuga, a atenção doenças transmissíveis inadequada”. Uma das entidades que ingressou com a ação foi a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, que denunciou não haver mudanças do cenário de janeiro, em meio à crise, com a situação atual. “Neste ano não tivemos grande rebelião com matança em massa, como em outubro de 2013, mas temos mortes periódicas. Além disso, já tivemos vários fugas, ataques controlados de dentro da penitenciária, as descobertas de diretores envolvidos com corrupções e favores com presos. Continua um caos. A única coisa que cessou foram as matanças concentrada numa única rebelião”, contou a advogada Josiane Gamba, presidente da entidade. Para ela, a presença da Força Nacional e da Polícia Militar aumentou o número de casos de agressões. “Todos os dias recebemos notícias de maus-tratos. Nenhuma medida concreta foi tomada pelo governo. Só existe a contenção via violência e castigos. A construção de presídios não foi discutida e pelo que vemos os presos serão divididos por facções criminosas, o que significa que um Estado sucumbiu à criminalidade”, finalizou. O UOL entrou em contato com o governo do Maranhão, responsável pelo complexo de Pedrinhas, para que comentasse a condenação, mas até o momento não obteve retorno.
Fonte: http://www.maranhaodagente.com.br/

Sabrina Leles de Lima Miranda: Cidadã Caldasnovense

A Delegada Sabrina Leles de Lima Miranda receberá hoje, 27 de Novembro, quinta-feira, O Título de cidadã Caldasnovense: em sessão solene do plenário da Câmara Municipal de Caldas Novas, ás 19h, 30 mim.
A delegada tem se destacado no combate a violência e na apuração de vários crimes, demostrando assim, competência e dedicação em beneficio da população do município de Caldas Novas.
Mas quem é Sabrina Leles de Lima  Miranda?



NADA COMO UM DIA DEPOIS DO OUTRO:

O dia 24 de janeiro, uma terça-feira, não poderia ser mais pesado para a jovem delegada Sabrina Leles de Lima Miranda, 31 anos. Ela passou a manhã ouvindo três detentos acusados de agressão a um colega de cela do Presídio de Caldas Novas e ainda teve de aturar a ironia de um deles. À tarde, mais presos, vítimas e familiares lotavam a delegacia da cidade das águas quentes.
Ela atende a reportagem do Sindepol pelo telefone e avisa: “Acho que hoje não é um dia bom pra eu dar entrevista. Estou muito estressada e até com um pouco de raiva”. Pergunto, então, como foi seu dia. Após o desabafo inicial sobre as dificuldades, a delegada se solta, renova os ânimos e começa a contar sobre sua vida – foram cerca de 50 minutos de bate-papo.
“Estou bem melhor agora (final da entrevista). Acho que estava precisando conversar com alguém, desabafar (risos). Sinto que tirei um peso tremendo das costas”, afirma. “E daqui a pouco vou para a academia e tiro o resto do peso do corpo”, emenda, novamente aos risos.
Não é difícil traçar o perfil da delegada Sabrina Leles. Em poucos minutos de conversa é possível perceber que é uma pessoa muito alegre, extrovertida, pra cima e que adora curtir os prazeres da vida. Porém, quando o assunto é trabalho, ela se transforma. Apaixonada pela profissão, se dedica ao extremo pela Polícia Civil.
“Você quer me tirar do sério é só vir pra cima de mim com ironia. Se o preso quer mentir, não podemos impedir. Mas fico muito nervosa com a falta de respeito. Não caí de paraquedas na polícia, sempre sonhei em ser delegada”, conta. “E tenho fama de brava mesmo. Aliás, não é fama. Sou brava de verdade. Gosto de tudo certinho, correto. Esse é o meu jeito.”
E por conta dessa dedicação ao trabalho, Sabrina praticamente abre mão do lazer, mesmo morando na melhor cidade turística de Goiás. Devido ao fato de ser delegada, ela evita ir a shows, bares, boates e até mesmo clubes do município e região.
“No interior é complicado pra gente se divertir. Tudo que eu falo ou faço, não interessa o assunto, as pessoas dizem: foi a delegada quem falou, foi a delegada quem fez. Você não pode expor o que pensa, pois as pessoas não dissociam a pessoa Sabrina da Sabrina delegada.”
Recentemente, Caldas Novas recebeu o evento Verão Sertanejo – shows com artistas consagrados como João Bosco & Vinícius, Michael Teló e Milionário & José Rico. “Amo de paixão música sertaneja. Até canto em voz alta quando estou em casa. Mas não pude ir (Verão Sertanejo). Você não fica a vontade. O povo não para de te olhar, como se você estivesse fazendo alguma coisa errada.”
Para tomar sol, aproveita o espaço do condomínio onde mora. E quando quer se divertir a vontade, deixa para Goiânia ou Uberlândia. “Aqui sou sempre a delegada, nunca a Sabrina”, revela. “Mas não sofro por isso, viu. Faz parte da nossa carreira”, emenda.

Carreira
E por falar em carreira, o nível de exigência que Sabrina faz de si mesma e a dedicação na busca por se fazer Justiça estão fazendo com que a jovem cresça a passos rápidos na Polícia Civil. Ela ingressou na instituição em 2010 e teve como primeira delegacia a pequena Corumbaíba, no sul do Estado, na divisa com Minas Gerais.
Foram oito meses na cidade de dez mil habitantes, até ser convidada para trabalhar em Morrinhos, município de 45 mil habitantes. Mal tomou posse e novo convite: desta vez para Caldas Novas, cidade de 75 mil pessoas, mas que, em determinados feriados, chega a receber mais de 100 mil turistas.
“Estou construindo minha história na Polícia Civil degrau por degrau – aliás, nem sei se é história ainda, pois não tenho nem dois anos na PC. Cada dia eu pego uma carga de responsabilidade e vou fazendo meu trabalho. Hoje é uma coisa, amanhã é outra e assim por diante. Dedico-me ao máximo porque quero continuar minha vida profissional na Polícia Civil de Goiás. E espero chegar a Goiânia bem preparada.”
Para suportar o peso das missões, Sabrina revela que se apoiá nas dicas dos delegados mais experientes. “O pessoal mais novo tem mania de achar que sabe tudo. Mas não sabemos. Valorizo muito a experiência de quem tem história para contar. Por isso sempre converso com meu titular e com a minha regional. É preciso mesclar a experiência com a força dos mais jovens. Isso nos dá cautela pra não fazer besteira.”
E quando os conselhos não são suficientes, Sabrina busca outro apoio: a crença. No notebook que carrega tem uma frase que simboliza bem seu estado de espírito: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”.
“Sou espírita, mas não dispenso a imagem de Santo Expedito, São Jorge (protetor dos policiais), e sal grosso na minha sala. A gente tem de confiar que existe uma energia positiva maior, senão não vai pra frente.”
Aproveito para provocar a delegada e pergunto se as imagens ajudam de fato. “Às vezes pode até ser que não veja o efeito, mas quando a pessoa entra na minha sala com a energia ruim, basta ela olhar para o santo que dá uma arriada. É certeza. O que não vem para prejudicar, ajuda”, garante.
Sabrina é natural de Uberlândia (MG) e, antes de chegar a Goiás, prestou concursos em vários Estados do País para delegada de polícia. “Torci para que eu passasse em algum Estado próximo de Minas Gerais e deu certo.”

Prática
Ciente das dificuldades estruturais da Polícia Civil de Goiás, a delegada Sabrina Leles sabe que não pode exigir ao extremo das condições de trabalho. Por isso, em determinados momentos, abre mão do perfeccionismo que lhe é recorrente e parte para a prática.
“Não dá para ser perfeccionista a todo o momento que o serviço não rende. Por isso, sou prática também. Busco os atalhos que façam o serviço render e converso muito com meus agentes.”
Porém, quando relata um inquérito, garante que procura colocar no papel todos os detalhes para garantir que o acusado possa a vir a ser condenado pela Justiça.

“E também para não manchar meu nome. O nosso trabalho deve ser baseado em estrutura técnica. Um inquérito depois que sai da delegacia passa pelo estagiário da promotoria, pelo assistente do promotor, o próprio promotor, o estagiário do juiz, assistente do juiz e pelo juiz, além do advogado de defesa. Todos vão ler o que você escreveu. Qualquer erro ou brecha pode ser motivo para chacota ou servir para inocentar o acusado.”

Perfil
Nome: Sabrina Leles de Lima Miranda
Data de Nascimento: 04.12.1980
Local de Nascimento: Uberlândia
Estado Civil: Solteira
Formação: Direito
Ano em que ingressou na Polícia Civil: 2010
Delegacia em que atua: Adjunta da Delegacia Municipal de Caldas Novas
Livro: Dez Leis para Ser Feliz, de Augusto Cury
Comida Preferida: Só não come quiabo ou carne de porco
Quantos sapatos têm no armário: “20 e poucos pares”
Maquiagem indispensável: Batom
Sonho de consumo: Apartamento.

Extraído do Site http://sindepol.com.br

Estudantes expulsaram Álvaro Dias de Universidade

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi literalmente expulso ontem à noite da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), no município de Guarapuava, a 250 km de Curitiba, na região Centro do Paraná. O tucano falou à comunidade acadêmica sobre “Ética na vida pública”.
“Cavalaria, abaixo o choque! Cavalaria, abaixo o choque!”, gritavam os estudantes nos corredores da Unicentro em perseguição à comitiva do senador Álvaro Dias, que teve de deixar às pressas o prédio da Universidade, após a conferência.

Violência contra a mulher

RHC 49358 - http://j.mp/STJrhc49358
HC 287226 - http://j.mp/STJhc287226

A rainha do forró se foi. O Nordeste se encontra de luto

Eu tinha 11 para 12 anos quando ouvi pela primeira vez a cantora Clemilda.  Nesta época existiam programa de rádio em meu estado natal, Maranhão, voltados para o forró de duplo sentido. Ouvi muito Genivaldo Lacerta, Alíbio Martins, Zenilton e derepente aparece Clemilda e contagiou a todos com o seu forró quente, atrevido e balançante.
Mas Clemilda se foi nesta quarta-feira, deixando um legado de alegria para quem viveu tempos triste no Nordeste Brasileiro:


Quando se pensa nas músicas de forró de duplo sentido, imediatamente nos vem à cabeça Genival Lacerda, Zenilton e outros cantadores populares. Mas nem só de homens vivia esse cenário. A cantora alagoana Clemilda também se aventurou nessa onda ao lançar, nos anos 1970 e 1980, canções irreverentes  como O anel do eno, que dizia "Eu estou com o anel do Eno. Quem não está com o anel do Eno, por favor, levante a mão." A irreverência, no entanto, teve fim nesta quarta-feira (26), com o falecimento de Clemilda, aos 78 anos

Apesar de morar em Aracaju, a artista nasceu na cidade de Palmeira dos Índios, a 130 km de Maceió (AL). Clemilda imortalizou sucessos como Forró cheiroso, Seu tuzinho e A cantiga da doida (Eu quero é KH). O sucesso de Clemilda ganhou reforço de participações de importantes programas de TV, nos anos 1980. A forrozeira foi convidada de atrações como Cassino do Chacrinha e Os Trapalhões.

Ao longo do dia, personalidades de Sergipe prestaram suas homenagens à cantora, como por exemplo o governador do estado, Jackson Barreto, que lamentou o falecimento de Clemilda e prestou apoio à família.

Entre as outras letras de Clemilda, se destacam Seu Tuzinho, com o hilariante refrão "Eu tô querendo seu Tuzinho, você tem que dar pra mim". O enterro foi realizado às 16h desta quarta-feira (26), no Cemitério São João Batista, em Sergipe.


Com mais de 50 anos na música, a Rainha do Forró deixa mais de 40 álbuns gravados, sendo dois premiados com discos de ouro e outros dois de platina. O maior sucesso de Clemilda na indústria fonográfica veio em 1985, quando a faixa Prenda o Tadeu estourou em todo o país. Em uma das últimas entrevistas concedidas à imprensa sergipana, há dois anos, a artista lembrou como foi difícil começar a carreira e consolidar seu nome como forrozeira. 



BRANCA DE NEVE DO CRIME

10 de Maio  de 2013:
Loira, magra e bonita, uma estudante de direito de Curitiba de 27 anos é a principal suspeita de ter roubado um carro ao fazer um test drive nesta semana numa concessionária da cidade.

"Ela pediu o test drive, andou umas três quadras e, no caminho, deu voz de assalto com uma arma de fogo e levou o carro embora", diz o delegado José Vítor Pinhão, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba.

O episódio ocorreu na segunda-feira. O carro, um Hyundai HB20, que custa entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, só foi encontrado na quarta-feira, inteiro, mas abandonado.

Fabiana Sporh Godk, que cursa o último ano de direito, já teve passagens pela polícia: em 2009, foi presa sob suspeita de estelionato e virou notícia como "a jovem que usava a beleza para cometer golpes". Dois anos antes, foi acusada e condenada por porte ilegal de armas. Ela ainda responde processo por participação num roubo.

A estudante, que tem um carro idêntico ao do test drive, comprado há alguns meses, nega o crime. Em depoimento à polícia, ela disse que fugiu por medo.


Na sua versão da história, Fabiana estava dirigindo em alta velocidade quando o vendedor que a acompanhava pediu que ela parasse. Com medo, ela acelerou e deixou o funcionário a pé.

A polícia ainda não encontrou a suposta arma do crime.

A estudante foi identificada porque assinou o termo de responsabilidade pelo test drive. "Ela tem um jeito bem de menininha. De repente pode até ter seduzido o vendedor", afirma o delegado.

Fabiana será indiciada sob suspeita de roubo com uso de arma de fogo. A polícia trabalha com a hipótese de que ela tenha roubado o veículo para repor peças do seu carro, batido semanas antes.

Estudante de Direito é presa no Paraná por furto de carro,
estelionato e porte ilegal de arma
A prisão foi efetuada pela 17ª Subdivisão Policial de Apucarana (SDP) depois de receber informações da Polícia Civil de Curitiba sobre o paradeiro da moça. Ela era procurada desde o dia 10, quando um mandado de prisão foi expedido contra ela pela Justiça pelos crimes de estelionato e porte ilegal de arma.

Desde as primeiras notícias sobre a carreira criminosa da moça, ela foi apelidada de “ladra gata” pelos policiais e pela imprensa local. Na delegacia onde foi apresentada esta manhã, Fabiana negou todos os crimes e afirmou ser “uma vítima da mídia” por “ser bonita”, contou o delegado José Aparecido Jacovós.

Para o delegado Renato Bastos Figueroa, do 8º Distrito Policial de Curitiba, a história de Fabiana, no entanto, não tem nada a ver com sensacionalismo. Desde 2007, quando tinha 21 anos, ela comete crimes, segundo Renato, com a certeza da impunidade. Ele vai pedir a prisão preventiva da jovem.
O recente mandado de prisão refere-se ao porte de duas armas usadas em um latrocínio e tentativas de golpes no comércio de peças automotivas. Somadas, as duas penas chegam a 4 anos e 6 meses de prisão. Mas há ainda outra acusação contra ela: o dono de uma ótica da capital acusa a jovem de ter roubado um óculos, de mais de R$730. Ela teria agredido a vendedora e fugido com o objeto.

Através da delegacia de Apucarana, o EXTRA tentou conversar com Fabiana. Com a voz calma, ela negou os crimes. O filho de seis meses e o atual companheiro a acompanhavam no local. O comportamento e aparente tranquilidade demonstrados na apresentação feita na delegacia são usados também na prática dos crimes: a polícia chegou até ela justamente porque Fabiana nunca escondeu os atos ilícitos, afirma Renato.

— A forma dela agir é diferenciada. Ela faz os cadastros no nome dela, não se esconde, não se utiliza de um ardil para dar um documento falso, por exemplo. Ela simplesmente põe a cara. As pessoas questionam, dizem que é só um óculos, mas prisão dela é emblemática, porque ainda que obviamente ela vá constituir um defensor, é fato que nosso sistema penal acaba de alguma forma privilegiando essas pessoas que têm condição de estabelecer um advogado.

Fabiana será escoltada por policiais de Apucarana até Curitiba ainda nesta tarde. O depoimento no 8º Distrito Policial está marcado para amanhã. Após ser ouvida, ela será encaminhada ao centro de triagem da Polícia Civil.
Veja o vídeo: 

A Vereadora e a Calcinha


A vereadora Lucimara Passos (PCdoB) usou a tribuna da
Câmara de Aracaju, nessa terça-feira (25), para fazer um discurso inusitado de crítica ao colega Agamenon Sobral (PP), durante o qual o chamou de "criminoso" e o desafiou a lhe dar "uma surra".
Durante o discurso, a vereadora tirou uma calcinha do bolso, mostrou aos colegas e disse que estava sem a peça íntima em protesto contra o vereador Agamenon - que na semana passada teria chamado de vagabunda uma mulher que quis se casar sem calcinha e teria dito que ela merecia "uma surra".
"Hoje vim com um vestido mais curto. Também trouxe a minha calcinha no bolso. Alguém pode me chamar de vagabunda? Alguém pode dizer que tenho de ser surrada?", questionou, para silêncio da casa.
E questionou os parlamentares: "Os senhores não podem me julgar, nem julgar uma mulher pela roupa que ela veste, em função da calcinha que usa ou se não usa. Isso não define o meu caráter. Será que vão me dar uma surra quando eu descer daqui?".
A vereadora pediu punição ao colega que fez o pronunciamento. "Esse vereador já cometeu aqui vários crimes. Antes de chamar a mulher de vagabunda, dizer que merecia uma surra, disse que ia começar a andar armado, que a população tinha de se armar, que tinha de pendurar bandido de cabeça para baixo. E essa Casa não fez nada para puni-lo; tornou-se conivente com esse vereador; não disse a ele que ele não pode proceder dessa maneira", afirmou.