terça-feira, 26 de janeiro de 2016

No Paraná atentados contra policiais disparam


A insegurança paira sobre policiais militares que se tornaram alvo nos últimos dias não apenas em Curitiba, mas em todo Paraná.
O números são assustadores e nunca antes atingidos. São 4 policiais mortos, pelo menos dois baleados e outras 4 ações em que os policiais saíram ilesos por muita sorte, tudo isso em sete dias.
O Comando da Polícia Militar do Paraná nega a todo custo que há uma ação organizada contra os agentes de segurança pública, e que são apenas coincidências.
Durante esta semana conversamos com vários policiais de todo o estado para entender melhor o que pode estar acontecendo.
Um policial de Londrina que não quis se identificar, relatou que não há interesse de facções criminosas em divulgar que as ações que estão acontecendo são praticadas por ela, já que caso isso fosse escrachado, haveria uma retaliação direcionada, para dentro dos presídios com o corte de regalias e bate grades. O policial ainda relatou que muitas vezes eles sabem que são os bandidos de facção, porém como não há o flagrante do crime, eles nada podem fazer, e são obrigados a apenas fazer vista grossa. Assustado, o policial disse que muitos desses marginais sabem detalhes da vida desses policiais, onde moram, qual a sua rotina, e que não fazem nada pelo motivo de não querer uma guerra.
Mas aí fica a pergunta, como realizar atentados sem provocar uma guerra direta contra uma facção criminosa? Simples, realizando ações dissimuladas, fazendo com que as ações pareçam fatos isolados, situações que nada pareceriam uma ação de ataque direto ao agente de segurança, como presenciamos nas ações acontecidas na semana passada em Curitiba. As ações parecem mais como situações corriqueiras do dia a dia, como tentativas de assalto, acerto com o tráfico de drogas, assalto a um motel, porém com o passar dos dias fica mais difícil esconder que a realidade não é essa.
Na noite desta segunda-feira (25), mais um policial militar de folga foi atacado, e as imagens de câmera não negam, não dá para mencionar em assalto, ou qualquer outra coisa, e sim apenas um ataque direto ao policial, que acabou sendo atingindo por dois disparos nas costas e um no braço. Ele segue internado em um hospital de Londrina estável.


Na semana passada ainda noticiamos um cerco a um policial militar do BOPE que saía de um motel com a esposa. O comando novamente diz que seria uma ação contra o motel e não contra o policial, porém novamente as imagens não mostram isso.
E o que já está ruim pode piorar. Recebemos informações de ações ocorridas em Colombo envolvendo uma facção criminosa, o qual os mesmos, tentaram se passar por policiais para forjar uma situação em que policiais estariam retaliando as mortes ocorridas. Sendo assim, a polícia militar fica de “mãos amarradas”, pois estão sendo acusados de algo que não cometeram, apenas para não ter chances de pensar em uma possível retaliação contra a facção. Uma testemunha que não quis se identificar relatou que durante um triplo homicídio acontecido em Colombo no último fim de semana, disse que ficou claro que ação foi totalmente desproporcional com intuito de incriminar os policiais daquela ação bárbara.
Neste caso, acaba colocando a polícia em dúvida, para que a opinião pública fique contra os mesmos.
O que não se sabe ainda é o que desencadeou essas ações. Alguns dizem que são traficantes pequenos que devem para traficantes grandes, e para quitar a dívida realizam essas ações. E para não haver a caça as bruxas, estão atacando os policiais simulando assaltos ou outras ações corriqueiras.
Um preso do Complexo Penal de Piraquara entrou em contato para relatar que a ordem veio de dentro de Piraquara e que a ação irá durar 30 dias, porém não há nada que comprove essas informações oficialmente.
Como já foi frisado, não há interesse algum de qualquer facção criminosa em divulgar que a responsabilidade das ações vem deles, já que sabem que a retaliação será grande e direcionada. Se não há um alvo específico fica difícil contra atacar e encontrar os responsáveis.
E o que mais preocupa é que os ataques continuam acontecendo e qualquer agente pode ser o próximo alvo.
O mais importante é manter a atenção redobrada principalmente aos policiais de folga, que tem sido os alvos dos marginais.


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