quarta-feira, 25 de maio de 2016

PRECONCEITO CONTRA A BAHIA EM EMISSORA DE CALDAS NOVAS

Uma apresentadora de um programa de rádio de Caldas Novas fez a seguinte exclamação: Caldas Novas não tem bandido. bandido é na Badia. Achei altamente preconceituoso! 
Bandidos, Corruptos e criminosos temos de todas as naturalidades e nacionalidades. As cadeias estão cheias de bandidos de todas as origens! Especificar um estado, uma região é desconhecer a verdade! 
Como bom maranhense vou preservar o nome dessa pessoa, a emissora e o programa. Peço uma retratação! 

Por que isso acontece:
Esse preconceito começa quando pessoas migram, assim se mistura estilos e culturas diferentes gerando um conflito e o preconceito.
No Brasil esse tipo de preconceito acontece com pessoas tanto de estados diferentes quanto de países diferentes que viram alvo de gozação. Quanto ao preconceito de nacionalidade por país podemos citar Portugal, que faz parte de inúmeras piadas contadas no nosso dia a dia. Um exemplo desse preconceito por estado é a Bahia, sempre que vemos algo fora do comum logo falamos que é uma coisa "baiana".
Infelizmente o preconceito de nacionalidade não acorre apenas no Brasil, Alguns países de primeiro mundo acham que os países de segundo mundo não possuem urbanização, ou se possuem é muito pouca.

Ex-prefeito de Timbiras, Maranhão, tem bens bloqueados

O Juiz de Timbiras, Dr. Alessandro Arrais Pereira, determinou, em uma Ação Civil Pública (Processo nº 29-27.2016.8.10.0134) ajuizada pela Promotoria de Justiça de Timbiras, o bloqueio de TODOS os bens do Ex-Prefeito e novamente Pré-Candidato a Prefeito Raimundo Nonato da Silva Pessoa. 

Determinou, ainda, a indisponibilidade de imóveis registrados nos Cartórios de Timbiras, Codó, Coroatá, São Luís e Teresina, o bloqueio de veículos de propriedade do réu Nonato Pessoa registrados no DETRAN/MA e o bloqueio pelo Banco Central de contas e aplicações financeiras em nome do réu no valor total de R$ 1.728.000,00 (hum milhão, setecentos e vinte e oito mil reais). 

O Promotor relata que o réu Nonato Pessoa, quando era Prefeito recebeu do Departamento Estadual de Infraestrutura e Transporte - DEINT, através dos Convênios nº 144/2009, 187/2010, 234/2010 e 140/2010, a importância de R$ 1.728.000,00 (hum milhão, setecentos e vinte e oito mil reais) para melhoramento/recuperação de estradas na zona rural do Município de Timbiras. Afirma que, após requerimentos atendidos pela Secretaria de Estado da Infraestrutura - SINFRA, a qual encaminhou a Promotoria, cópia dos citados convênios, comprovação de liberação mediante depósito dos valores conveniados, bem como certidão, constatou-se que dos referidos convênios, não houve a necessária prestação de contas e que teria ocorrido a liberação do recurso pelo Estado do Maranhão, da ordem de R$ 1.728.000,00 (hum milhão, setecentos e vinte e oito mil reais) para o melhoramento/recuperação das estradas da zona rural e as obras nunca foram feitas e, também, não se foi devolvido o dinheiro repassado. 

Vamos acompanhar o desenrolar desse processo e das outras 20 ações de improbidade administrativa que o Ex-Prefeito Nonato Pessoa responde na Comarca de Timbiras. 

Fica a pergunta como será que o eleitor da zona rural vai receber a Pré-Candidatura de Nonato Pessoa depois de saber que ele teve R$ 1.7 milhões em bens bloqueados por acusação de desvio de verbas para melhoramento/reforma das estradas da zona rural? 

Fonte: Silvio Ramon 

Leia a conversa de Renan com o ex-presidente da Transpetro

Primeira conversa

SÉRGIO MACHADO - Agora, Renan, a situação tá grave.
RENAN CALHEIROS - Grave e vai complicar. Porque Andrade fazer [delação], Odebrecht, OAS. [falando a outra pessoa, pede para ser feito um telefonema a um jornalista]
MACHADO - Todos vão fazer.
RENAN - Todos vão fazer.
MACHADO - E essa é a preocupação. Porque é o seguinte, ela [Dilma] não se sustenta mais. Ela tem três saídas. A mais simples seria ela pedir licença...
RENAN - Eu tive essa conversa com ela.
MACHADO - Ela continuar presidente, o Michel assumiria e garantiria ela e o Lula, fazia um grande acordo. Ela tem três saídas: licença, renúncia ou impeachment. E vai ser rápido. A mais segura para ela é pedir licença e continuar presidente. Se ela continuar presidente, o Michel não é um sacana...
RENAN - A melhor solução para ela é um acordo que a turma topa. Não com ela. A negociação é botar, é fazer o parlamentarismo e fazer o plebiscito, se o Supremo permitir, daqui a três anos. Aí prepara a eleição, mantém a eleição, presidente com nova...
[atende um telefonema com um jornalista]
RENAN - A perspectiva é daquele nosso amigo.
MACHADO - Meu amigo, então é isso, você tem trinta dias para resolver essa crise, não tem mais do que isso. A economia não se sustenta mais, está explodindo...
RENAN - Queres que eu faça uma avaliação verdadeira? Não acredito em 30 dias, não. Porque se a Odebrecht fala e essa mulher do João Santana fala, que é o que está posto...
[apresenta um secretário de governo de Alagoas]
MACHADO - O Janot é um filho da puta da maior, da maior...
RENAN - O Janot... [inaudível]
MACHADO - O Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês. Então o que que ele quer fazer? Ele não encontrou nada nem vai encontrar nada. Então ele quer me desvincular de vocês, mediante Ricardo e mediante e mediante do Paulo Roberto, dos 500 [mil reais], e me jogar para o Moro. E aí ele acha que o Moro, o Moro vai me mandar prender, aí quebra a resistência e aí fudeu. Então a gente de precisa [inaudível] presidente Sarney ter de encontro... Porque se me jogar lá embaixo, eu estou fodido. E aí fica uma coisa... E isso não é análise, ele está insinuando para pessoas que eu devo fazer [delação], aquela coisa toda... E isso não dá, isso quebra tudo isso que está sendo feito.
RENAN - [inaudível]
MACHADO - Renan, esse cara é mau, é mau, é mau. Agora, tem que administrar isso direito. Inclusive eu estou aqui desde ontem... Tem que ter uma ideia de como vai ser. Porque se esse vagabundo jogar lá embaixo, aí é uma merda. Queria ver se fazia uma conversa, vocês, que alternativa teria, porque aí eu me fodo.
RENAN - Sarney.
MACHADO - Sarney, fazer uma conversa particular. Com Romero, sei lá. E ver o que sai disso. Eu estou aqui para esperar vocês para poder ver, agora, é um vagabundo. Ele não tem nada contra você nem contra mim.
RENAN - Me disse [inaudível] ‘ó, se o Renan tiver feito alguma coisa, que não sei, mas esse cara, porra, é um gênio. Porque nós não achamos nada.’
MACHADO - E já procuraram tudo.
RENAN - Tudo.
MACHADO - E não tem. Se tivesse alguma coisa contra você, já tinha jogado... E se tivesse coisa contra mim [inaudível]. A pressão que ele quer usar, que está insinuando, é que...
RENAN - Usou todo mundo.
MACHADO - ...está dando prazos etc é que vai me apartar de vocês. Mesma coisa, já deu sinal com a filha do Eduardo e a mulher... Aquele negócio da filha do Eduardo, a porra da menina não tem nada, Renan, inclusive falsificaram o documento dela. Ela só é usuária de um cartão de crédito. E esse é o caminho [inaudível] das delações. Então precisa ser feito algo no Brasil para poder mudar jogo porque ninguém vai aguentar. Delcídio vai dizer alguma coisa de você?
RENAN - Deus me livre, Delcídio é o mais perigoso do mundo. O acordo [inaudível] era para ele gravar a gente, eu acho, fazer aquele negócio que o J Hawilla fez.
MACHADO - Que filho da puta, rapaz.
RENAN - É um rebotalho de gente.
MACHADO - E vocês trabalhando para poder salvar ele.
RENAN - [Mudando de assunto] Bom, isso aí então tem que conversar com o Sarney, com o teu advogado, que é muito bom. [inaudível] na delação.
MACHADO - Advogado não resolve isso.
RENAN - Traçar estratégia. [inaudível]
MACHADO - [inaudível] quanto a isso aí só tem estratégia política, o que se pode fazer.
RENAN - [inaudível] advogado, conversar, né, para agir judicialmente.
MACHADO - Como é que você sugeriria, daqui eu vou passar na casa do presidente Sarney.
RENAN - [inaudível]
MACHADO - Onde?
RENAN - Lá, ou na casa do Romero.
MACHADO - Na casa do Romero. Tá certo. Que horas mais ou menos?
RENAN - Não, a hora que você quiser eu vou estar por aqui, eu não vou sair não, eu vou só mais tarde vou encontrar o Michel.
MACHADO - Michel, como é que está, como é que está tua relação com o Michel?
RENAN - Michel, eu disse pra ele, tem que sumir, rapaz. Nós estamos apoiando ele, porque não é interessante brigar. Mas ele errou muito, negócio de Eduardo Cunha... O Jader me reclamou aqui, ele foi lá na casa dele e ele estava lá o Eduardo Cunha. Aí o Jader disse, ‘porra, também é demais, né’.
MACHADO - Renan, não sei se tu viu, um material que saiu na quinta ou sexta-feira, no UOL, um jornalista aqui, dizendo que quinta-feira tinha viajado às pressas...
RENAN - É, sacanagem.
MACHADO - Tu viu?
RENAN - Vi.
MACHADO - E que estava sendo montada operação no Nordeste com Polícia Federal, o caralho, na quinta-feira.
RENAN - Eu vi.
MACHADO - Então, meu amigo, a gente tem que pensar como é que encontra uma saída para isso aí, porque isso aí...
RENAN - Porque não...
MACHADO - Renan, só se fosse imbecil. Como é que tu vai sentar numa mesa para negociar e diz que está ameaçado de preso, pô? Só quem não te conhece. É um imbecil.
RENAN - Tem que ter um fato contra mim.
MACHADO - Mas mesmo que tivesse, você não ia dizer, porra, não ia se fragilizar, não é imbecil. Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan.
RENAN - Eu marquei para segunda-feira uma conversa inicial com [inaudível] para marcar... Ela me disse que a conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa. Ele disse para ela... Ela reclamou. Ele disse para ela que não tinha como influir. Ela disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade. E ele disse que está acontecendo um efeito manada no Brasil contra o governo.
MACHADO - Tá mesmo. Ela acabou. E o Lula, como foi a conversa com o Lula?
RENAN - O Lula está consciente, o Lula disse, acha que a qualquer momento pode ser preso. Acho até que ele sabia desse pedido de prisão lá...
MACHADO - E ele estava, está disposto a assumir o governo?
RENAN - Aí eu defendi, me perguntou, me chamou num canto. Eu acho que essa hipótese, eu disse a ele, tem que ser guardada, não pode falar nisso. Porque se houver um quadro, que é pior que há, de radicalização institucional, e ela resolva ficar, para guerra...
MACHADO - Ela não tem força, Renan.
RENAN - Mas aí, nesse caso, ela tem que se ancorar nele. Que é para ir para lá e montar um governo. Esse aí é o parlamentarismo sem o Lula, é o branco, entendeu?
MACHADO - Mas, Renan, com as informações que você tem, que a Odebrecht vai tacar tiro no peito dela, não tem mais jeito.
RENAN - Tem não, porque vai mostrar as contas. E a mulher é [inaudível].
MACHADO - Acabou, não tem mais jeito. Então a melhor solução para ela, não sei quem podia dizer, é renunciar ou pedir licença.
RENAN - Isso [inaudível]. Ela avaliou esse cenário todo. Não deixei ela falar sobre a renúncia. Primeiro cenário, a coisa da renúncia. Aí ela, aí quando ela foi falar, eu disse, ‘não fale não, pelo que conheço, a senhora prefere morrer’. Coisa que é para deixar a pessoa... Aí vai: impeachment. ‘Eu sinceramente acho que vai ser traumático. O PT vai ser desaparelhado do poder’.
MACHADO - E o PT, com esse negócio do Lula, a militância reacendeu.
RENAN - Reacendeu. Aí tudo mundo, legalista... Que aí não entra só o petista, entra o legalista. Ontem o Cassio falou.
MACHADO - É o seguinte, o PSDB, eu tenho a informação, se convenceu de que eles é o próximo da vez.
RENAN - [concordando] Não, o Aécio disse isso lá. Que eu sou a esperança única que eles têm de alguém para fazer o...
MACHADO - [Interrompendo] O Cunha, o Cunha. O Supremo. Fazer um pacto de Caxias, vamos passar uma borracha no Brasil e vamos daqui para a frente. Ninguém mexeu com isso. E esses caras do...
RENAN - Antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso.
MACHADO - Acaba com esse negócio da segunda instância, que está apavorando todo mundo.
RENAN - A lei diz que não pode prender depois da segunda instância, e ele aí dá uma decisão, interpreta isso e acaba isso.
MACHADO - Acaba isso.
RENAN - E, em segundo lugar, negocia a transição com eles [ministros do STF].
MACHADO - Com eles, eles têm que estar juntos. E eles não negociam com ela.
RENAN - Não negociam porque todos estão putos com ela. Ela me disse e é verdade mesmo, nessa crise toda –estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável, ela está gripada, muito gripada– aí ela disse: ‘Renan, eu recebi aqui o Lewandowski,
querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável’.
MACHADO - Eu nunca vi um Supremo tão merda, e o novo Supremo, com essa mulher, vai ser pior ainda. [...]
MACHADO - [...] Como é que uma presidente não tem um plano B nem C? Ela baixou a guarda. [inaudível]
RENAN - Estamos perdendo a condição política. Todo mundo.
MACHADO - [inaudível] com Aécio. Você está com a bola na mão. O Michel é o elembto número um dessa solução, a meu ver. Com todos os defeitos que ele tem.
RENAN - Primeiro eu disse a ele, ‘Michel, você tem que ficar calado, não fala, não fala’.
MACHADO - [inaudível] Negócio do partido.
RENAN - Foi, foi [inaudível] brigar, né.
MACHADO - A bola está no seu colo. Não tem um cara na República mais importante que você hoje. Porque você tem trânsito com todo mundo. Essa tua conversa com o PSDB, tu ganhou uma força que tu não tinha. Então [inaudível] para salvar o Brasil. E esse negócio só salva se botar todo mundo. Porque deixar esse Moro do jeito que ele está, disposto como ele está, com 18% de popularidade de pesquisa, vai dar merda. Isso que você diz, se for ruptura, vai ter conflito social. Vai morrer gente.
RENAN - Vai, vai. E aí tem que botar o Lula. Porque é a intuição dele...
MACHADO - Aí o Lula tem que assumir a Casa Civil e ser o primeiro ministro, esse é o governo. Ela não tem mais condição, Renan, não tem condição de nada. Agora, quem vai botar esse guizo nela?
RENAN - Não, [com] ela eu conversa, quem conversa com ela sou eu, rapaz.
MACHADO - Seguinte, vou fazer o seguinte, vou passar no presidente, peço para ele marcar um horário na casa do Romero.
RENAN - Ou na casa dele. Na casa dele chega muita gente também.
MACHADO - É, no Romero chega menos gente.
RENAN - Menos gente.
MACHADO - Então marco no Romero e encontra nós três. Pronto, acabou. [levanta-se e começam a se despedir] Amigo, não perca essa bola, está no seu colo. Só tem você hoje. [caminhando] Caiu no seu colo e você é um cara predestinado. Aqui não é dedução não, é informação. Ele está querendo me seduzir, porra.
RENAN - Eu sei, eu sei. Ele quem?
MACHADO - O bicho daqui, o Janot.
RENAN - Mandando recado?
MACHADO - Mandando recado.
RENAN - Isso é?
MACHADO - É... Porra. É coisa que tem que conversar com muita habilidade para não chegar lá.
RENAN - É. É.
MACHADO - Falando em prazo... [se despedem]
S

egunda conversa

MACHADO - [...] A meu ver, a grande chance, Renan, que a gente tem, é correr com aquele semi-parlamentarismo...
RENAN - Eu também acho.
MACHADO -...paralelo, não importa com o impeach... Com o impeachment de um lado e o semi-parlamentarismo do outro.
RENAN - Até se não dá em nada, dá no impeachment.
MACHADO - Dá no impeachment.
RENAN - É plano A e plano B.
MACHADO - Por ser semi-parlamentarismo já gera para a sociedade essa expectativa [inaudível]. E no bojo do semi-parlamentarismo fazer uma ampla negociação para [inaudível].
RENAN - Mas o que precisa fazer, só precisa tres três coisas: reforma política, naqueles dois pontos, o fim da proibição...
MACHADO - [Interrompendo] São cinco pontos:
[...]
RENAN - O voto em lista é importante. [inaudível] Só pode fazer delação... Só pode solto, não pode preso. Isso é uma maneira e toda a sociedade compreende que isso é uma tortura.
MACHADO - Outra coisa, essa cagada que os procuradores fizeram, o jogo virou um pouco em termos de responsabilidade [...]. Qual a importância do PSDB... O PSDB teve uma posição já mais racional. Agora, ela [Dilma] não tem mais solução, Renan, ela é uma doença terminal e não tem capacidade de renunciar a nada. [inaudível]
[...]
MACHADO - Me disseram que vai. Dentro da leniência botaram outras pessoas, executivos para falar. Agora, meu trato com essas empresas, Renan, é com os donos. Quer dizer, se botarem, vai dar uma merda geral, eu nunca falei com executivo.
RENAN - Não vão botar, não. [inaudível] E da leniência, detalhar mais. A leniência não está clara ainda, é uma das coisas que tem que entrar na...
MACHADO -...No pacote.
RENAN - No pacote.
MACHADO - E tem que encontrar, Renan, como foi feito na Anistia, com os militares, um processo que diz assim: ‘Vamos passar o Brasil a limpo, daqui para frente é assim, pra trás...’ [bate palmas] Porque senão esse pessoal vão ficar eternamente com uma espada na cabeça, não importa o governo, tudo é igual.
RENAN - [concordando] Não, todo mundo quer apertar. É para me deixar prisioneiro trabalhando. Eu estava reclamando aqui.
MACHADO - Todos os dias.
RENAN - Toda hora, eu não consigo mais cuidar de nada.
[...]
MACHADO - E tá todo mundo sentindo um aperto nos ombros. Está todo mundo sentindo um aperto nos ombros.
RENAN - E tudo com medo.
MACHADO - Renan, não sobra ninguém, Renan!
RENAN - Aécio está com medo. [me procurou] ‘Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa.’
MACHADO - Renan, eu fui do PSDB dez anos, Renan. Não sobra ninguém, Renan.
[...]
MACHADO - Não dá pra ficar como está, precisa encontrar uma solução, porque se não vai todo mundo... Moeda de troca é preservar o governo [inaudível].
RENAN - [inaudível] sexta-feira. Conversa muito ruim, a conversa com a menina da Folha... Otavinho [a conversa] foi muito melhor. Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios tem cometido exageros e o João [provável referência a João Roberto Marinho] com aquela conversa de sempre, que não manda. [...] Ela [Dilma] disse a ele ‘João, vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos’. E ele dizendo ‘isso virou uma manada, uma manada, está todo mundo contra o governo.’
MACHADO - Efeito manada.
RENAN - Efeito manada. Quer dizer, uma maneira sutil de dizer “acabou”, né.


Folha revela mais uma farsa do golpe no Brasil

O conchavo entre Temer e a república de Curitiba do Ministério Público está sendo revelado na edição da Folha desta quarta-feira, em reportagem que já está no ar na versão eletrônica do jornal. É um escândalo sem precedentes, porque nem foi feito com a chefia da instituição, mas com um grupo que se adonou do poder investigatório e se constitui num poder paralelo dentro da Procuradoria.
Leia o texto estarrecedor da Folha:
Um emissário do presidente interino Michel Temer (PMDB) e representantes da força-tarefa da Operação Lava Jato encontraram-se na véspera da sessão do Senado que selou o afastamento da petista Dilma Rousseff.
O encontro tratou de uma espécie de “acordo de procedimento” que não colocasse em risco as investigações.
A conversa foi entre o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), um dos assessores mais próximos de Temer, e os procuradores Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, e Roberson Pozzobon.
O diálogo, de quase duas horas de duração, ocorreu após um evento organizado pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) em Brasília.
Anteriormente, os procuradores haviam recusado um encontro com o próprio Temer, articulado pelo ex-presidente da ANPR Alexandre Camanho, que é homem de confiança do peemedebista.
Temer, que mostrava preocupação com a disseminação da ideia de que seu governo enterraria a Lava Jato devido ao grande número de peemedebistas investigados, aprovou a sugestão.
A preocupação cresceu com a sondagem feita ao advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, um crítico da Lava Jato, para ocupar o Ministério da Justiça. A nomeação de Mariz fracassou após ele dar uma entrevista àFolhaatacando a operação.
O encontro com Temer, porém, foi rejeitado pelos procuradores, que rechaçaram uma possível conotação política na proposta. Eles também mostraram receio de que o ato fosse interpretado como apoio ao impeachment.
Apesar disso, na conversa entre Loures e os procuradores, foi acertada a manutenção no cargo do superintendente da Polícia Federal no Paraná, Rosalvo Franco, responsável pela Lava Jato.
Loures ouviu dos investigadores que a permanência de Franco seria sinal importante e prometeu consultar Temer.
“Eu disse para os procuradores que se o conforto era dar essa garantia, iria levar o pedido ao presidente”, relatou o ex-deputado à Folha.
Na mesma noite, o assessor levou o pleito a Temer, que aceitou o pedido.
Fonte: www.tijolaco.com

Busca na internet por nome de Dilma cresceu e de Aécio praticamente sumiu

Atualmente, o número de pesquisas no Google pelo termo “Dilma Rousseff” cresce vertiginosamente, a caminho de se tornar semelhante ao número de pesquisas no período eleitoral de 2010, quando Dilma apareceu primeira vez, praticamente desconhecida pela massa, como presidenciável.
As buscas sobre temas pessoais e políticos de Dilma, em 2016, cresceram fortemente no Google a partir de março. Entretanto, tais buscas já vinham intensas desde 2015. De lá para cá, o número de citações pelo nome de Dilma na internet cresceu 37 vezes, se comparado ao mesmo período do mandato anterior.
Com esse fenômeno, é possível enxergar também a grande inclusão digital alcançada pela população brasileira nos últimos anos, com acesso à internet por diversos dispositivos. Atrelado a isso, vê-se um maior empenho em buscar informações para além de televisão, rádio e impresso. Em paralelo, é vistoso o maior interesse pelas questões políticas, durante o efervescente cenário atual brasileiro.
Os termos “impeachment” e “Eduardo Cunha”, por exemplo, também cresceram exponencialmente nas buscas do Google. Chegaram a registrar 10 vezes mais buscas que o nome de Dilma durante o mês de abril de 2016. Já o termo “Michel Temer”, que sempre teve irrisório número de buscas no Google durante os últimos anos, continuou sem grande destaque, crescendo um pouco na primeira metade de maio, porém sem alarde. Quem teve a grande queda foi realmente o termo “Aécio Neves”, de um alto volume de buscas durante o período eleitoral de 2014, desceu a ponto de ser menos buscado que o termo “Michel Temer”.
Além do Brasil, os países que mais pesquisam pelo nome de Dilma no Google são Venezuela, Argentina, França, México e Estados Unidos. Dentro do Brasil, os estados que mais buscam Dilma Rousseff são Roraima, Acre, Amapá, Tocantins, Rondônia, Piauí e Distrito Federal. Uma hipótese para explicar esse acontecimento regional é haver, junto ao aumento de interesse político, também a preferência de acesso à informação via internet, devido à dificuldade de acompanhamento da mídia tradicional por causa de fuso horário.
E o Lula? Talvez alguns perguntem. Em 2016, os termos que envolvem o nome de Lula já tiveram um volume de buscas no Google maior que os termos impeachment, Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves e até Dilma Rousseff. Se ela não caiu, o ex-presidente tampouco.
As estatísticas acima foram analisadas com base nos dados fornecidos pelo próprio Google. Não fazem distinção de sentimento - se positivo, negativo ou neutro -, apenas de número de buscas. Entretanto, não podem ser desprezados. Isso porque, se a população está buscando, o que aparecerá no Google sobre a reputação do político pesquisado? Significa que corrida começou. 

Fonte: W. Gabriel
Mestre em marketing, professor e consultor de marketing em mídias digitais